9 de fevereiro de 2022

Oração Natal 2021

  Vamos agradecer por mais um ano de aprendizado, estamos passando por anos difíceis, cheios de provações, é nesta hora que temos que aproveitar para nos voltarmos para nosso interior e resgatar a pureza do espírito, fazer dela uma luz que ilumina nossos passos, nossas atitudes cotidianos, porque é nela que esão os maiores desafios, as oportunidades de crescimento, é no dia a dia que mostramos quem realmente somos, no convívio com nossos pais, filhos, amigos, vizinhos. Todo dia temos a oportunidade de fazermos o melhor de nós mesmos. 

Palavras e atitudes que parecem fáceis, mas são duras de serem colocadas em prática, precisamos muito nos policiar a todo momento para não cairmos nas armadilhas da rotina, do convívio, da intimidade. 

Todo mundo esta passando por este processo ao mesmo tempo, vamos contribuir emanando sempre boas energias, independente da religião, o que importa é que você faz, suas atitudes e pensamentos tem que estar voltados sempre para o bem, para a positividade. 

Juntos, unido forças e energias vamos passar por este período mais fortes, auto confiantes pela fé de que sempre estarmos onde devemos estar, acompanhados de quem precisamos estar e preparados para os desafios que nos aguarda. 

Agradecemos a oportunidade de estarmos hoje juntos, fortalecendo os laçõs da família, celebrando os reencontros, agradecendo a chegada de novos membros, estes pequenos (e também nossos adolecentes) que guardam o melhor de nós e nossos antepaçados, que eles possam preservar está união, e o que há de melhor em nossa família. 

17 de maio de 2017

"Democracia brasileira está sob ataque", afirma Naomi Klein


Em entrevista exclusiva, autora de "Doutrina do Choque" também debate alternativas às crises econômica e ambiental
Rafael Tatemoto


São Paulo,01 de Junho de 2016 às 10:48

"O fato de que Dilma foi reeleita certamente frustou as elites brasileiras", disse a autora / Mariusz Kubik


A Doutrina do Choque, publicado em 2007, marcou uma geração ao apresentar como, ao contrário do que se afirmava, a implementação do neoliberalismo tinha poucas relações com o avanço da democracia liberal pelo mundo. A jornalista canadense Naomi Klein, autora da obra, afirmava: as visões da Escola de Chicago foram primeiramente postas em prática em regimes autoritários, justamente porque contrariam as necessidades da maior parte da população.

As ideias neoliberais, para Klein, se aproveitariam de momentos de crise para avançar. Ela concedeu uma entrevista exclusiva para o Brasil de Fato na qual analisou o momento vivido por nosso país à luz dos debates de seu livro.

Segundo ela, o programa defendido pelo governo interino de Michel Temer teria poucas condições políticas de ser implementado através de eleições. “Não há dúvida de que a democracia brasileira está sob ataque. É um tipo diferente de golpe”, afirma. “Eles estão explorando uma situação de caos, uma falta de democracia, para impor algo que eles não conseguiriam sem crise e com uma democracia real”, completa.

Confira a entrevista abaixo.

Brasil de Fato - Em seu livro, você denuncia o que considera a falsa relação entre neoliberalismo e democracia política. As ditaduras militares latino-americanas ocupam um papel importante no seu argumento. Você poderia explicar isso para nós?

Naomi Klein - O argumento que eu desenvolvo neste livro é o de que nos contaram um conto de fadas sobre como esta forma extrema do capitalismo colonizou o mundo. Essa versão fantasiosa é a de que ela se espalhou pacificamente através das democracias, que a teriam escolhido. Entretanto, se olharmos para a história dos primeiros lugares onde o neoliberalismo foi imposto, ele foi imposto exatamente no oposto [do que nos é dito]: foi necessária uma derrubada da democracia para que ele se desenvolvesse.

As raízes do pensamento neoliberal estão na Universidade de Chicago, que recebeu muito apoio dos industriais norte-americanos, que estavam bastante preocupados com uma virada à esquerda nos EUA. Ela recebeu apoio, por exemplo, do presidente do Citibank. Havia muita preocupação de que, nos anos 1960, o espectro ideológico estivesse se movendo muito à esquerda.

O que é muito interessante é que quando houve um presidente [norte-americano] de direita no final dos anos 1960 e início dos 1970, Richard Nixon, apesar de ele ter contratado conselheiros que vieram da Universidade de Chicago, eles não conseguiram impor essas mesmas ideias neoliberais extremas em uma democracia, porque essas ideias eram muito impopulares. É famoso o fato de que Nixon foi contra os conselhos dados pelos economistas da Escola de Chicago, como Milton Friedman. Ele introduziu uma série de regulações ambientais e medidas de controle de salários e preços, porque a inflação estava muito alta. Friedman disse que "Richard Nixon foi o presidente mais socialista dos EUA" [risos]. O que é importante é que enquanto este projeto falhou nos EUA naquele momento, esses mesmos economistas introduziram as ideias neoliberais na América Latina durante a década de 1970, mas apenas após a realização de golpes de Estado.

O exemplo mais famoso é o Chile: após a queda do [presidente Salvador] Allende, quando os militares fizeram uma parceria com os economistas da Escola de Chicago, tornando o país um laboratório para essas ideias. Friedman sempre afirmou que a implementação dessas ideias através da brutalidade não tinha relação com as ideias em si, mas pessoas como Orlando Letelier [diplomata chileno durante o governo Allende] diziam que eram dois lados da mesma moeda: nunca é possível introduzir, através da democracia, esse tipo de ideias em países com uma grande população pobre que se beneficia de políticas redistributivas.

Você demonstrava esperança sobre a resistência aos "choques", já que as pessoas teriam aprendido com experiências anteriores. Como você vê, por exemplo, o que aconteceu na Europa após 2008, quando a crise financeira internacional estourou e políticas de austeridade foram implementadas nos países do sul daquele continente?

Esta é uma pergunta muita boa. Eu publiquei A Doutrina do Choque em 2007, pouco antes do colapso financeiro. Honestamente, eu diria que quando escrevi, eu era ingênua. No meu entendimento de como resistir a esta tática, eu acreditava que se as pessoas realmente entendessem a tática - as crises e o caos sendo aproveitados pelas elites para defender políticas inaceitáveis que as enriquecem e empobrecem a maioria - e dissessem "não", a resistência funcionaria. Mas eu acho que o que nós vemos com a experiência do que ocorreu na Grécia e na Espanha, e, na verdade, em todo o sul da Europa, é que resistir somente dizendo "não" - "não queremos a austeridade" - é apenas o primeiro passo, não é suficiente.

O caso do Syriza é exemplar: mesmo quando governos antineoliberais ganham, há maneiras de cercá-los. É necessário haver um "não" forte à "doutrina do choque", mas, especialmente em momento de grandes crises econômicas, também deve haver um "sim" no qual acreditar: deve haver uma articulação simultânea das alternativas à "doutrina do choque", que devem ir além do status quo. Esses momentos de crises demandam uma reposta. As crises dizem que alguma coisa está errada com o sistema. Nós sabemos que a direita tem a tática do choque, mas também deve haver o que eu chamo de "choque popular": uma forma alternativa de responder às crises.

Essa é a razão pela qual eu escrevi This Changes Everything [Isto Muda Tudo, sem edição em português], porque vivemos em um tempo de múltiplas crises, nas quais o sistema está falhando em várias dimensões. Está falhando economicamente, mas também ecologicamente. O que eu acredito é que nós precisamos responder a essas múltiplas crises desenvolvendo uma visão corajosa sobre como a próxima economia deva ser, que possa nos tirar dessa situação de crises em série.

A falha da centro-esquerda, em geral, foi a de não conseguir articular uma alternativa audaciosa o suficiente não só ao neoliberalismo, mas à economia extrativista de forma ampla.

Como você analisa o impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff? Alguns analistas brasileiros utilizam suas ideias para explicar o que está ocorrendo. Você concorda com eles?

Eu vi essas análises aplicando a doutrina do choque ao que está acontecendo neste momento no Brasil, e eu penso que elas são convincentes. O fato de que ela [Dilma] foi reeleita certamente frustou as elites brasileiras. Também está claro que há temores [dos políticos] em serem investigados nos escândalos [de corrupção], o que também impulsionou este desejo [de ver Dilma fora do governo]. Eu não sei qual é a grande motivação, mas há diversas coisas acontecendo: o desejo de se livrar das acusações de corrupção e o oportunismo de "nunca desperdiçar uma crise". Esta é uma frase de Rahm Emanuel, prefeito de Chicago. Ele impôs uma série de políticas neoliberais que foram incrivelmente destrutivas, particularmente para a educação e para a habitação.

O PT, sob nenhum aspecto, foi perfeito. Entretanto, a redistribuição levou a uma redução da desigualdade e se combateu a pobreza extrema. Isso é significativo e criou as condições para a reeleição.

Eu realmente não sei qual foi a força motriz, mas a reeleição de Dilma certamente desmoralizou as elites brasileiras e as fez entender que não tinham as condições [políticas] de impôr essas políticas lucrativas para elas.

Responder a crises não é algo novo. O que eu argumento no livro ADoutrina do Choque é que o neoliberalismo foi uma maneira oportunista de fazer isso, não para resolver as causas das crises, mas apenas para impor políticas que enriquecem as elites e causam mais crises. É isso que estamos vendo no Brasil.

O FMI [Fundo Monetário Internacional] acabou de publicar um relatório há alguns dias no qual diz que o neoliberalismo falhou completamente: não produziu crescimento, produziu desigualdade massiva e instabilidade. E essas são precisamente as políticas que estão sendo impostas no Brasil como uma suposta solução à crise econômica, ainda que saibamos que não funciona. Isso não ocorre porque as elites brasileiras não leram o relatório do FMI, mas sim porque são políticas incrivelmente lucrativas para uma minoria da população. Eles estão explorando uma situação de caos, uma falta de democracia, para impor algo que eles não conseguiriam sem crise e com uma democracia real.

Você concorda com a ideia de que se trata de um golpe?

Não há dúvida que a democracia brasileira está sob ataque. O combate à corrupção foi apenas um pretexto para se livrar da presidenta eleita democraticamente. É um tipo diferente de golpe. Não se trata de um golpe militar, com tanques nas ruas - e nós não devemos dizer que são a mesma coisa -, mas, efetivamente, há um profundo ataque à democracia acontecendo.

A “história oficial” do neoliberalismo aponta os governos Reagan [EUA] e Thatcher [Reino Unido], em países tidos como democráticos, como a origem dessas políticas. Em seu livro, porém, você cita como Thatcher combateu os sindicatos. Até mesmo em democracias, o neoliberalismo é autoritário? Devemos esperar a mesma situação no Brasil?

O que eu argumento em A Doutrina do Choque é que Thatcher não foi capaz de impôr a agenda neoliberal no Reino Unido no seu primeiro mandato. Ela até escreveu uma carta a [Friedrich von] Hayek que eu cito no livro: em uma democracia, é impossível fazer o que foi feito no Chile. O que aconteceu é que a Guerra das Malvinas [da Inglaterra contra a Argentina] estourou e ela explorou o sentimento hipernacionalista e se reinventou como a "primeira-ministra para tempos de guerra", tal como Churchill, e conseguiu ganhar sua reeleição, e então atacou os sindicatos.

Os sindicatos são sempre uma grande barreira à implementação da agenda neoliberal. Eu conto a história do que ocorreu na Bolívia nos anos 1980, quando líderes sindicais eram sequestrados para que não pudessem se organizar, enquanto o choque neoliberal era imposto.

Obviamente, haverá algum tipo de estratégia para desmobilizar. Mas eu acredito que, no Brasil, o jogo ainda não terminou. As histórias estão mudando a todo momento, as pessoas estão fazendo exatamente o que elas deveriam fazer, resistindo nas ruas. Os vazamentos das conversas revelando a trama antes do golpe continuam a criar uma crise [política]. Isso precisa ser divulgado fora do Brasil, colocando pressão sobre governos estrangeiros. Nós não precisamos aceitar a ideia de que tudo vai continuar como está.

Recentemente, tivemos um grande desastre ambiental no Brasil. Em sua última obra, This Changes Everything, você coloca que o capitalismo não só aumentou as desigualdades, mas, hoje, também representa um risco para a própria existência da humanidade. Pode nos explicar isso?

O que sabemos é que se continuarmos fazendo o que estamos fazendo, alcançaremos um nível de aquecimento insustentável. Estamos em um momento em que o capitalismo e a busca pelo crescimento perpétuo estão em guerra contra a vida na Terra. Estamos chegando a um nível em que boa parte do planeta será inabitável por humanos. Está acontecendo mais rápido do que o imaginado. O branqueamento dos corais ano passado foi em uma escala sem precedentes. A Índia e o Paquistão estão passando por ondas de calor de 51º C - algo que os humanos não conseguem aguentar. E isso representa, na média global, um aumento de apenas 1º C - e nós estamos caminhando para um aumento de 6º C, a não ser que ações governamentais diferentes das que estão sendo implementadas até agora sejam tomadas.

As crises são sinais nos dizendo que há algo errado na forma como organizamos nossa sociedade. As crises econômicas apontam para o fato de que é algo sistêmico. Quando nós pensamos nas décadas de 1920 e 1930, quando ocorreu a Grande Depressão, a esquerda respondeu com alternativas muito fortes: propostas sobre como reinventar aquele sistema. Quando nós enfrentamos um choque climático - enchentes, incêndios, grandes tempestades - nós devemos responder tentando mudar o sistema para que nós paremos de enfrentar esses choques.

O Acordo de Paris [sobre o clima] não está próximo o suficiente das nossas necessidades, ele não tem poder vinculativo - é por isso que Donald Trump disse que cancelaria [a participação dos EUA no acordo].

Isso está ocorrendo porque temos um sistema que nos encoraja a empreender uma busca pelo crescimento infinito a qualquer preço. Nós temos economias extrativistas, e vemos que governos de esquerda também falharam em confrontar essa lógica. Isso é verdade para a Venezuela, o Equador e para o Brasil também.

É por isso que digo que, nesses momentos de crise, o sistema revela a si mesmo como irrealizável. Nós devemos dizer "não" à doutrina do choque, mas também devemos ir além, propor um "sim". Temos que elaborar uma visão que vá até a raiz, tanto da instabilidade econômica, como da ecológica. Nesse momento, esse é o verdadeiro desafio para as brasileiras e os brasileiros. O que nós sabemos de outros países é que o "não" sozinho não é suficiente, porque em crises econômicas, as pessoas querem soluções. Elas não querem a doutrina do choque, então a pergunta é: Qual a solução? Qual o plano?

Essa era minha próxima pergunta…

Eu não posso responder para o contexto brasileiro, mas eu posso dizer que no Canadá, onde vivo, estive envolvida em um processo com diversos movimentos sociais que culminou no Manifesto do Salto [Leap Manifesto]. É uma antevisão da sociedade que queremos: como passar de uma economia extrativista - que explora sem fim a Terra, os corpos e a sociedade - para um modelo que respeite o planeta e que garanta o respeito pelo outro. Nós elaboramos 15 demandas por políticas que nos fariam chegar lá. Foi um processo maravilhoso de conectar movimentos - ambientalistas; organizações contra austeridade, contra tratados de livre comércio como o TTPP; a favor dos direitos indígenas.

Nossa perspectiva se fundamentou na visão de mundo dos povos originários, aprendendo com as primeiras nações do nosso país. Defendemos, por exemplo, o uso de energia 100% renovável, mas queremos também mudar a forma de propriedade: nem o controle das grandes corporações, nem do grande poder estatal, queremos controle comunitário. Além disso, os primeiros beneficiários desse novo modelo devem ser as comunidades atingidas pela indústria suja. Assim, [no Canadá], em primeiro lugar os indígenas e, logo em seguida, os latinos e negros.

É o que chamamos de transição justa para a próxima economia. Nós tentamos elaborar isso, talvez seja útil para as pessoas no Brasil conhecerem e se inspirarem a realizar um processo semelhante: se juntar e imaginar o desenho de uma economia pós-extrativista.

Edição: Simone Freire

11 de janeiro de 2017

Orção Natal 2016

Agradecer por mais um ano que passou. Pelas alegrias vividas, pelos desafios, e pelas tristezas que nos servem de aprendizado.

Quando encontramos dificuldades, a dor nos serve como caminho para o aprimoramento espiritual.
O Natal é uma data para reflexão, paremos para analisar nossas vidas, nossos comportamentos, nossas atitudes com o próximo. Lembrar que nesta data, Jesus veio a terra, com muita dor, nos mostrar o verdadeiro caminho.
Que o presente seja o abraço. Que o Papai Noel seja sua família. Que a ceia mate a fome de amor e generosidade entre as pessoas.
O mundo passa por momentos difíceis, oremos para neutralizar as energias, vamos nos concentrar no caminho do bem e do amor, e espalhar esta positividade através de nossos pensamentos.
Graças a Deus

9 de janeiro de 2017

Escritores da Liberdade


Uma jovem e idealista professora chega à uma escola de um bairro pobre, que está corrompida pela agressividade e violência. Os alunos se mostram rebeldes e sem vontade de aprender, e há entre eles uma constante tensão racial. Assim, para fazer com que os alunos aprendam e também falem mais de suas complicadas vidas, a professora Gruwell (Hilary Swank) lança mão de métodos diferentes de ensino. Aos poucos, os alunos vão retomando a confiança em si mesmos, aceitando mais o conhecimento, e reconhecendo valores como a tolerânica e o respeito ao próximo.


Assista pelo Netflix ou Youtube abaixo:






Privatização dos Presídios



Privatizar sem mudar o tipo de instituição vai ajudar ?

Se analisarmos pela eficiência da gestão, temos o caso da chacina em Manaus como exemplo, que é um presídio privatizado. Só em 2016, mais de 50 presos fugiram de presídios privatizados através de 8 túneis cavados, estes números são prova de que gestão privada também é ineficiente.  

Mas a questão principal não é está, o problema é social. Porque uma empresa que administra presídios investe dinheiro em campanhas políticas ?  Isso aconteceu bastante nas últimas eleições.

Um político, que supostamente deveria trabalhar para o bem da população, acaba trabalhando para aumentar o número de presos, custe o que custar. Esta situação é péssima para bem da população. O "lobby" dos presídios não pode existir.  

Temos que repensar a forma dos presídios, os presos tem que trabalhar, gerar lucro para a sociedade e não prejuízo.

O preso tem que estudar para ampliar suas perspectivas de vida. Sabemos que nossos presídios são uma escola para a delinquência, uma pessoa que entra por roubar uma galinha, sai um bandido formado, capaz de cometer as maiores atrocidades.

A privatização da forma como está, só gera mais problemas sociais.

"queremos enfrentar o narcotráfico com o encarceramento de pequenos traficantes”. Lembrando que no caso do helicóptero de propriedade de um senador, aprendido com 450kg de pasta de cocaína, nada aconteceu com os envolvidos.  

4 de novembro de 2016

Ver, primeiro.

Manter a população na ignorância e na desinformação é uma necessidade desta estrutura social. Uma necessidade permanente.
Conter as verbas públicas e pagar os juros de uma dívida inventada pra colocar o país de joelhos diante de banqueiros e magnatas estrangeiros, com a conivência permanente da "elite" local, entregar de graça as riquezas o país e o povo à exploração sem direitos, esses são os objetivos da atual gerência, dos novos capatazes à frente das instituições falsamente públicas. Os “donos” da fazenda nem moram nela. Apenas a sugam de todas as formas, com a conivência e a cumplicidade dos poucos privilegiados locais.
Não há disfarce convincente, o descaramento é resultado da confiança na eficiência da sabotagem total nos direitos humanos e constitucionais da população. Conta-se plenamente com a ignorância e a desinformação. Cara de pau sem limites. E ainda se pensa que há caminho dentro da institucionalidade pra reverter a situação... ingênuas ilusões... tá tudo dominado, infiltrado, influenciado, impregnado dos interesses vampirescos dos parasitas mundiais e locais. Em todas as áreas.
A mineradora que matou a vida do rio Doce está recebendo permissão pra funcionar – na verdade nunca parou, até hoje escuto o apito dos trens, coisa de oitenta por dia, em dois meses seguintes à avalanche de rejeitos que assolou o vale – o maior da região sudeste – , matando tudo o que encontrava pela frente. Por trás do descalabro na saúde pública, ressalva feita a enorme quantidade de servidores que dão seu jeito pra atender nas condições miseráveis de trabalho que encontra, estão os interesses de planos de saúde, de laboratórios e da indústria da medicina lucrativa, devidamente representados nos poderes públicos, sabotando o sistema público de saúde. A educação não interessa, simplesmente, aos interesses do punhado de parasitas podres de ricos. Enquanto a educação pública deve criar ignorância pra maioria, como se vê em qualquer lugar, a sabotagem é óbvia, a particular se destina à formação dos gerentes e chefes da maioria ignorantizada. Não era à toa o ódio a toda iniciativa de educação de qualidade, no interesse do desenvolvimento de todo o povo brasileiro, da formação de senso crítico, de visão de mundo, de relações sociais mais esclarecidas, na composição de uma sociedade mais harmônica. A barbárie é deliberada e estratégica. Relega-se a maioria à inferioridade, à pobreza, à exclusão, criam-se as condições de violência, de miséria e revolta, e o massacre publicitário-midiático vai convidar milhares ao crime, com o acesso ao consumo induzido como valor pessoal e social. Deforma-se a mentalidade dos agentes de segurança, impedidos de ter qualquer consciência social, implantam-se idéias falsas e sentimentos destrutivos, culpam as vítimas e os incitam à violência contra os pobres em geral. Está formada a guerra. Com o tempo, o histórico de mortes dos dois lados é combustível suficiente pra sustentar o ódio e os conflitos.
Os empresários do tráfico circulam seus exércitos divididos em facções, seguros das cordas que têm nas mãos. Afinal, financiam também campanhas eleitorais, midiáticas, publicitárias, como bancos, laboratórios, mineradoras, latifundiários, mega-empresas em geral. Há uma guerra nos morros e nas periferias, a mídia não fala nada, uma pincelada aqui e ali, sem possibilidade de unir os pontos. Os responsáveis últimos por esta situação não circulam pelo caos, têm suas fortalezas, suas ilhas, mansões bem cercadas e cuidadas por exércitos particulares, cercas eletrificadas, câmeras e sabe-se lá o que mais. Enquanto isso as instituições tratam de manter a estrutura como é, apesar das heróicas exceções pessoais.
É preciso desenvolver novos caminhos, pois os institucionais estão monitorados e controlados de todas as maneiras possíveis, além de algumas impossíveis. Ver direitinho como é a realidade, antes de decidir o que fazer ou como, pra não fazer das formas induzidas que, além de não afetar em nada a estrutura social, ainda colabora na construção da farsa democrática.

O despertar é lento, mas inexorável... as revelações se sucedem. Enxurrada delas.

2 de maio de 2016

Super-ricos no Brasil são sustentados pela classe média e pelos pobres



De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Heritage Foundation, de 2014 e 2015, a carga tributária média mensal brasileira é a quinta mais baixa entre as 20 maiores economias do mundo e está longe de figurar como a mais elevada do planeta.

“Quando a gente avalia, na comparação com outros países, vemos que os cerca de 36% de carga tributária [em relação ao PIB] do Brasil está na média dos outros lugares. O problema é que temos aqui uma situação de injustiça fiscal que penaliza os pobres e a classe média”, diz Grazielle Custódio David, especialista em Orçamento Público e assessora do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).

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Classe média alta paga o dobro do imposto pago pelos super-ricos no Brasil

Segundo ela, essa situação de desigualdade acontece basicamente por duas razões. Primeiro, porque grande parte da estrutura tributária do país está baseada em impostos indiretos, ou seja, que incidem sobre o consumo de bens e serviços e não sobre a renda e a propriedade.

“O problema de ter uma grande taxação de consumo é que, proporcionalmente, quem acaba pagando mais são os mais pobres. Por exemplo, se vai comprar arroz no supermercado, um pobre paga o mesmo imposto que um rico. Mas, quando a gente relaciona com o salário que aquela pessoa recebe, a proporção que o pobre paga é muito maior que a da pessoa rica. Isso configura uma situação de injustiça fiscal”, aponta Grazielle.

Carga pesada para quem?

O outro entrave à justiça fiscal, diz Grazielle, está relacionado à forma de tributar a renda no país. “A gente tem uma situação em que a classe média, a faixa que recebe entre 20 e 40 salários mínimos, é a que paga mais imposto de renda hoje no Brasil. Já quem recebe, por exemplo, acima de 70 salários mínimos, praticamente não paga imposto”, compara.

No país, hoje, as rendas do trabalho são submetidas à cobrança de imposto de acordo com uma tabela progressiva com quatro tipos de alíquotas (7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%). Já nas rendas do capital o leão dá apenas uma mordiscadinha, uma vez que as rendas decorrentes da distribuição de lucros e dividendos são isentas de Imposto de Renda. E outras, como ganhos financeiros ou de capital, estão sujeitas a alíquotas exclusivas, inferiores àquelas cobradas sobre a renda do trabalho.

“Se a gente compara um assalariado que paga na alíquota máxima de 27% com alguém que recebe mais do que o limite do imposto de renda, há uma situação terrível. Porque a maioria deles [os mais ricos] recebe por lucros e dividendos e, quando a gente avalia quanto eles pagam em imposto de renda, normalmente chega em 6%. Olha a situação: um grupo, que é a classe média, paga 27,5% de IR. E quem ganha muito mais que este grupo paga muitas vezes só 6%, porque existe a isenção de cobrança do Imposto de Renda sobre lucros e dividendos”, lamenta Grazielle.

Segundo dados da Receita Federal, em 2014, um grupo com cerca de 71 mil brasileiros ganhou quase R$ 200 bilhões sem pagar nada de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). Foram recursos recebidos, em sua maioria, como lucros e dividendos.

Essa isenção da tributação sobre lucros e dividendos foi instituída no país em 1995, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Entre todos os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), só o Brasil e a Estônia têm essa isenção. É uma vergonha, um vexame que o Brasil tenha aprovado uma lei como esta, que acaba punindo muitos de seus cidadãos, e beneficiando muito poucos”, critica Grazielle.

Os pesquisadores Sérgio Gobetti e Rodrigo Orair, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), estimam que o governo poderia arrecadar mais de R$ 43 bilhões ao ano com a cobrança de imposto de 15% sobre lucros e dividendos recebidos por donos e acionistas de empresas.

Em um momento de ajuste fiscal, no qual o governo faz malabarismos para cortar gastos e aumentar a arrecadação, o valor seria mais que bem-vindo.



As manipulações da Fiesp

Os ricos brasileiros não têm mesmo do que se queixar. De acordo com Grazielle, o Brasil tem ainda um dos mais baixos impostos sobre patrimônio. “Hoje, no Brasil, a arrecadação com impostos sobre patrimônio está na faixa de 3%. A média mundial é entre 8 e 12%”, informa, apontando a falácia no argumento de quem cita a carga tributária como abusiva.

A assessora do Inesc criticou o discurso de combate aos tributos, que interessa, especialmente, aos super-ricos, sobre quem menos pesam os impostos. Ela aponta a Fiesp como grande representante desse grupo – em grande parte possuidor de empresas e recebedor de lucros e dividendos não tributados.

Para ela, a entidade mente e manipula informações, de forma a conseguir a adesão da população para suas campanhas pela redução da carga tributária. Ao propalarem desinformação, as iniciativas terminam conseguindo apoio entre as classes baixa e média, que de fato sentem no bolso o preço dos impostos.

“A Fiesp, através de sua atuação, inclusive de lobby com o Legislativo, grandes campanhas e articulação, representando os interesses dos super-ricos, tem formulado um discurso fácil de ser assimilado, porque as pessoas percebem uma carga pesada para elas e acatam esse discurso. Mas o problema é que eles [da Fiesp] contam uma mentira, ou uma verdade incompleta. Manipulam as informações, e o pobre e a classe média acabam sentindo, sim, o peso, porque todo o peso da carga tributária está sobre eles. Enquanto isso, os ricos praticamente não pagam imposto. É um discurso forjado, manipulador, para enganar a população”, acusa.



Para que serve o imposto

De acordo com Grazielle, a maior consequência deste tipo de campanha é que, ao insistir que a carga tributária é alta, distancia as pessoas de uma compreensão real sobre a importância dos impostos.

“A gente vai então ignorando o que determina uma carga tributária, que são as demandas sociais”, ressalta. Segundo ela, cria-se um quadro de contradição, em que as pessoas pleiteiam melhores serviços públicos, mas combatem a forma que o Estado tem de promovê-los.

“É isso que leva as pessoas para as ruas. É saúde, educação, segurança, promoção de direitos fundamentais, direitos humanos. E são essas demandas e necessidades sociais que vão determinar qual é a carga que um país tem que ter de tributos para garantir esse tipo de assistência à sua população. Se a gente quer que essas demandas sejam atendidas, os impostos são necessários. Agora, a forma como esse imposto vai ser cobrado da sociedade, aí é que entra a questão da justiça fiscal, que precisa melhorar no país”, diz.

Ela avalia que o debate sobre a importância dos tributos não interessa à parcela mais rica da população – a mesma que faz críticas ao tamanho do Estado. “Esses super-ricos não têm muito interesse de que essas demandas sociais sejam atendidas para o coletivo, porque muitos deles, por exemplo, recorrem a um plano de saúde, a uma escola privada, muitos contratam segurança privada, e esquecem que a maioria da população não tem como recorrer a isso e necessita que o Estado garanta.”

Para ela, mais que um debate sobre ter mais ou menos impostos, é preciso redistribuir a carga já existente.

“Isso pode ser feito com a diminuição de impostos indiretos e com redistribuição do imposto de renda. A gente pode, por exemplo, criar mais faixas, com diferentes alíquotas, diminuindo a incidência do Imposto de Renda até os 40 salários mínimos, e aumentando a partir daí, desde que se revogue a lei que isenta de taxação os lucros e dividendos. Além disso, a gente pode trabalhar muito na questão dos impostos sobre patrimônio”, sugere.

A especialista em Orçamento Público defende que, com esta série de medidas, é possível aumentar a arrecadação – e, consequentemente, o orçamento público –, diminuir o peso da carga tributária sobre os mais pobres e a classe média e, ainda, atender melhor às demandas sociais e promover políticas públicas com melhor financiamento, o que acabaria por gerar melhor qualidade nos serviços.



Grandes fortunas

Outra medida que vem sendo discutida como forma de aumentar a justiça fiscal no país é a implantação do imposto sobre grandes fortunas, que está previsto na Constituição, mas precisa ser regulamentado. Grazielle, contudo, avalia que a medida enfrenta dificuldades para avançar.

“Uma grande resistência a esse tipo de taxação é de quem diz que vai haver fuga de capitais do país. Outra questão é que, quando se fala em imposto, significa que a União não pode compartilhar. Então existe uma resistência de estados e municípios para avançar nisso, se for em formato de imposto. Se fosse, por exemplo, no formato de uma taxa, ou outro formato de cobrança, talvez tivesse mais apoio de governadores e prefeitos”, avalia.

Segundo ela, nesse sentido, a adesão dos estados e municípios é maior à proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). “Como a CPMF é uma contribuição, ela pode ser compartilhada. Talvez por isso, o debate sobre a taxação de grandes fortunas perca um pouco de força”, explica.

Cobrar de quem não paga

Segundo ela, por causa da resistência que foi forjada na sociedade em relação a novos tributos, talvez seja melhor o governo trabalhar com as possibilidades que já existem, eliminando desonerações e aumentando a fiscalização e cobrança, de forma a recuperar recursos que estão na Dívida Ativa da União ou foram sonegados.

“Hoje as renúncias tributárias são altíssimas no Brasil, concedidas ao setor privado, sem que haja um controle adequado de qual retorno existe. Você desonera uma grande empresa, falando que ela vai garantir mais empregos, que vai melhorar a economia, mas não tem depois nenhum estudo que avalie se isso de fato aconteceu”, condena.

Ela lembra que a Dívida Ativa da União ultrapassa hoje R$ 1 trilhão. “Porque não investir na capacidade de fiscalização e cobrança dessas dívidas?”, questiona, acrescentando que outros R$ 500 bilhões anualmente se perdem na sonegação.

Grazielle cita ainda manobras feitas por grandes empresas, com o objetivo de pagar menos impostos. “A gente fez um estudo com a Vale, no qual foi possível observar a série de planejamentos tributários que eles fazem. Vendem, por exemplo, minério a preço muito abaixo do valor de mercado para países que são paraísos fiscais. Lá eles revendem e redistribuem para outros países, já com preço de mercado. Quando o minério sai daqui com preços baixos, eles já estão pagando menos impostos.

Chega no paraíso fiscal, não vão pagar imposto também. E, como vendem de lá com valor normal, então ganharam de novo. São manobras que tentam ficar dentro da lei, mas que acabam por sonegar, porque deixam de pagar os impostos devidos”, explicou.

De acordo com ela, de certa forma, há certos estímulos à sonegação no Brasil. “Sou uma empresa, tenho que pagar Cofins, por exemplo, e não pago. Pego esse dinheiro e invisto [no mercado financeiro]. O dinheiro fica rendendo juros. Depois de um tempo, vou para a Dívida Ativa, espero vir o Refis [programa de refinanciamento fiscal], aí negocio a dívida para pagar um valor ainda mais baixo do que eu devia. Quer dizer, ganho duas vezes, com os juros e pagando menos imposto”, exemplifica.

Além disso, a certeza da impunidade é algo que não ajuda a coibir os crimes fiscais, afirma. “No Brasil, pela lei, se depois você paga o que deve, o crime tributário deixa de existir. Não existe punição. Em outros países não existe essa revogação. Se a pessoa fez, além de ter que pagar o valor, muitas vezes com correção, ela ainda pode ser punida penalmente. A certeza da impunidade, a coisa do Zé Malandro, é que reforça a sonegação”, ressalta, defendendo que é preciso fortalecer as instâncias governamentais de fiscalização, controle e cobrança.

“A gente fica falando que em 2015 fizemos um orçamento deficitário de R$ 30 bi. Mas espera aí! A gente tem uma sonegação de R$ 500 bi, mais uma desoneração tributária de mais R$ 500 bi, mais uma dívida ativa de quase R$ 1,5 trilhão. Será que a gente tem um orçamento negativo de fato como nação ou poucas pessoas estão, aí, ficando com nosso dinheiro, deixando de pagar o que devem, e a gente sofrendo as consequências, sofrendo um ajuste fiscal?”, indaga.

Que reforma queremos?

Atualmente funciona no Legislativo uma Comissão Especial da Reforma Tributária, tema que deve estar muito em pauta este ano. Contaminado pelas meias verdades difundidas pela Fiesp, o debate deve refletir o cabo de guerra entre os interesses de super-ricos e trabalhadores, observa Grazielle.

“Se existe intenção de fazer a reforma tributária andar? Existe interesse dos dois lados, inclusive”, opina. De acordo com ela, um grupo dentro da Câmara, que tem entre seus integrantes o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), tem a intenção de fazer uma reforma que promova redução da carga tributária. Enquanto isso, do outro lado, setores progressistas defendem a justiça fiscal.

“Há pressão dos dois lados para que a reforma tributária aconteça. Acho que esse é um ano em que se vai discutir muito isso. Agora, por qual desses dois caminhos nós vamos acabar trilhando é a grande incógnita. Nossa defesa é que seja o caminho de uma reforma tributária com justiça fiscal”, encerra. (Joana Rozowykwiat do Vermelho via Inesc)

Fonte aqui

4 de março de 2016

O golpe da Exxon, Chevron, BP e Shell


Atual crise econômica mundial é resultado de manobra política criada por gigantes petrolíferas norte-americanas, afirma Caleb Maupin

O jornalista e analista político norte-americano Caleb Maupin trouxe à tona o controle mundial que as quatro grandes empresas petrolíferas dos Estados Unidos, Exxon Mobil, Chevron, British Petroleum (BP) e Royal Dutch Shell exercem na economia mundial

Durante sua palestra no II Congresso da Central de Sindicatos Brasileiros, Caleb Maupin indagou: “Quem são as pessoas mais ricas do mundo? Muitos vão responder Bill Gates, algum sultão ou príncipe saudita ou talvez alguém cite algum novo rico que está na lista das 100 pessoas mais ricas do mundo da revista Forbes. Mas tudo isso é bobagem. Se compararmos essas pessoas com quem realmente detém o poder, elas são consideradas pobres; são tão pobres que possuem toda a fortuna em seu nome. Aqueles que têm o maior poder de riqueza detêm uma riqueza tão astronômica que muitas vezes seu valor líquido sequer pode ser calculado. As pessoas mais ricas do mundo podem ser descritas em duas palavras: banqueiros do petróleo. Rockefellers e DuPonts são dinastias que estão no centro de uma pequena rede de influência enraizada, dominando as economias dos Estados Unidos da América, da Europa Ocidental, Arábia Saudita e da maior parte do mundo”, afirmou.

“Para se entender as dimensões da influência das quatro gigantes do petróleo, podemos citar que o terreno onde foi construída a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) foi doado pelos Rockefellers, proprietários da Exxon Mobil, que também têm participação nos poços de petróleo da Arábia Saudita. A JP Morgans, empresa que possui participação da mesma família, possui cerca de seis mil contratos com o Pentágono”, contou Maupin, que participou do planejamento do Occupy Wall Street, movimento de protesto contra a desigualdade econômica e social, a ganância, a corrupção e a influência do setor financeiro.

O analista elucidou que, diante do panorama político atual, não se pode separar a política externa norte-americana das grandes companhias de petróleo.

“Basta observarmos quais os países foram os principais inimigos dos Estados Unidos nas últimas guerras. Todas as nações que entraram em guerra com os EUA eram grandes exportadores de petróleo no mundo. Eles acabaram temporariamente com a produção de petróleo desses países. Esse é o processo que os Estados Unidos da América usam para desenhar a geopolítica e dominar a economia mundial”, recordou.

Crise do petróleo

Com as guerras nos países exploradores de petróleo, o preço do barril subiu no início dos anos 2000 e gerou grande lucro para as quatro gigantes do petróleo.

Para Maupin, “essas ações criaram problemas para essas companhias”.

O jornalista relembra que, “em 2003, Hugo Chávez assumiu o governo da Venezuela e estatizou as petroleiras, repassando o lucro do petróleo para a educação e saúde. Na Rússia, Vladimir Putin assumiu o poder e colocou a economia do país nos eixos, e voltou a exportar petróleo e gás. Por sua vez, as pequenas empresas exploradoras do combustível fóssil também cresceram. Neste período, a Petrobrás cresceu mais que a Microsoft e se tornou uma das três grandes empresas do petróleo; tornou-se a base da independência econômica. Tudo isso passou a ameaçar e incomodar a hegemonia das gigantes do petróleo”.

Sobre a estatal brasileira, o jornalista alertou os dirigentes da CSB para os riscos no Brasil.

“Eu vou dizer isso como uma pessoa que observa a economia do mundo, e não como norte-americano. Eu, humildemente, peço a vocês que não desistam da Petrobrás. Não deixem os Rockefellers e DuPonts dominarem o Brasil. Preservem a República e os seus recursos naturais. As forças do mal por trás do capitalismo e do neoliberalismo não têm lealdade, eles não têm um lado ou um deus, eles apenas cultuam seus próprios lucros e obedientemente seguem as teorias malucas do Adam Smith”, disse o palestrante.

Maupin explica que a atual baixa de preços do petróleo foi estimulada por uma manobra da Arábia Saudita para prejudicar as economias da Rússia, Irã, Venezuela e dos chamados “nanicos do petróleo”, que são companhias de pequeno porte exploradoras de petróleo, as quais, em sua maioria, são comandadas pelos irmãos Koch, oposição declarada aos Rockefellers.

Maupin classificou esta manobra saudita como “esquema Walmart”.

“O Walmart chega a uma nova cidade, baixa seus preços, quebra todo o comércio local, livrando-se da concorrência. Depois eles sobem seus preços de novo. E é isso o que a Arábia Saudita, com o apoio dos EUA, está fazendo em escala global. Por razões extremamente egoístas, os Rockefellers estão brincando com fogo e queimando toda a economia global. A crise criada com a baixa dos valores dos barris de petróleo tem afetado o mundo inteiro, o preço de todas as commodities está caindo no mundo. Os Estados Unidos e muitos países estão enfrentando uma crise econômica como consequência”, sentenciou.

Para o jornalista, a solução para este cenário está nas sociedades.

Segundo Maupin, quando o povo dá as mãos e luta por sua economia, o mundo muda. “É assim que a vida das pessoas melhora. Para um país se tornar uma superpotência, não precisa de marxismo ou stalinismo, mas precisa que as lideranças amem sua pátria, e não os banqueiros do petróleo. Vida longa à CSB, vida longa à Petrobrás. Viva o poder do povo”, concluiu Caleb Maupin.

1 de fevereiro de 2016

Oração Natal 2015

Obrigado por mais uma noite de Natal com todas aqui reunidos.

Não podemos deixar de lembrar que nesta data comemoramos o nascimento de Jesus, que veio nos mostras seu exemplo de amor, paciência e caridade; para a humanidade que ainda caminha com pouca prática nestes gestos tão importantes para o coletivo.

Não vamos desistir, vamos fazer o melhor que podemos, em nosso dia a dia, levando muito amor para todos que estão em nossa volta, seja família, seja amigos, seja um desconhecido. Fazendo nossa parte, e aos poucos toda a humanidade vai caminhando para evolução.

Agradecemos todos nossos ancestrais aqui presentes, pela oportunidade de estarmos aqui com este nível de conhecimento que herdamos, que facilita muito para evolução de nossa família.

Agradecemos também pela oportunidade de cresce-la com nossos pequenos amados.

Lembrem-se sempre: Amor, Caridade e Caridade é a base fundamental para o nosso crescimento.

Pratiquem sem descanso.

Um feliz Natal para todos e que 2016 seja repleto de alegrias.