tag:blogger.com,1999:blog-60057533591796396022024-03-21T18:26:26.998-03:00+HumanismoPor: Dalmace Capell NetoAdministradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.comBlogger1129125tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-4187649105704375042022-02-09T15:29:00.000-03:002022-02-09T15:29:03.866-03:00Oração Natal 2021<p> Vamos agradecer por mais um ano de aprendizado, estamos passando por anos difíceis, cheios de provações, é nesta hora que temos que aproveitar para nos voltarmos para nosso interior e resgatar a pureza do espírito, fazer dela uma luz que ilumina nossos passos, nossas atitudes cotidianos, porque é nela que esão os maiores desafios, as oportunidades de crescimento, é no dia a dia que mostramos quem realmente somos, no convívio com nossos pais, filhos, amigos, vizinhos. Todo dia temos a oportunidade de fazermos o melhor de nós mesmos. </p><p>Palavras e atitudes que parecem fáceis, mas são duras de serem colocadas em prática, precisamos muito nos policiar a todo momento para não cairmos nas armadilhas da rotina, do convívio, da intimidade. </p><p>Todo mundo esta passando por este processo ao mesmo tempo, vamos contribuir emanando sempre boas energias, independente da religião, o que importa é que você faz, suas atitudes e pensamentos tem que estar voltados sempre para o bem, para a positividade. </p><p>Juntos, unido forças e energias vamos passar por este período mais fortes, auto confiantes pela fé de que sempre estarmos onde devemos estar, acompanhados de quem precisamos estar e preparados para os desafios que nos aguarda. </p><p>Agradecemos a oportunidade de estarmos hoje juntos, fortalecendo os laçõs da família, celebrando os reencontros, agradecendo a chegada de novos membros, estes pequenos (e também nossos adolecentes) que guardam o melhor de nós e nossos antepaçados, que eles possam preservar está união, e o que há de melhor em nossa família. </p>Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-38316705865106747022017-08-23T15:18:00.000-03:002017-08-23T15:18:02.843-03:00Humanidade e Politica Brasileira - Eduardo Marinho <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="415" src="https://www.youtube.com/embed/cnKJkmbIu4g" width="760"></iframe></div>
<br />Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-30746029969542072932017-05-17T10:13:00.003-03:002017-05-17T10:13:51.039-03:00"Democracia brasileira está sob ataque", afirma Naomi Klein<br /><div>
Em entrevista exclusiva, autora de "Doutrina do Choque" também debate alternativas às crises econômica e ambiental<br />Rafael Tatemoto<br /><br /><br />São Paulo,01 de Junho de 2016 às 10:48</div>
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<br />"O fato de que Dilma foi reeleita certamente frustou as elites brasileiras", disse a autora / Mariusz Kubik<br /><br /><br />A Doutrina do Choque, publicado em 2007, marcou uma geração ao apresentar como, ao contrário do que se afirmava, a implementação do neoliberalismo tinha poucas relações com o avanço da democracia liberal pelo mundo. A jornalista canadense Naomi Klein, autora da obra, afirmava: as visões da Escola de Chicago foram primeiramente postas em prática em regimes autoritários, justamente porque contrariam as necessidades da maior parte da população.<br /><br />As ideias neoliberais, para Klein, se aproveitariam de momentos de crise para avançar. Ela concedeu uma entrevista exclusiva para o Brasil de Fato na qual analisou o momento vivido por nosso país à luz dos debates de seu livro.<br /><br />Segundo ela, o programa defendido pelo governo interino de Michel Temer teria poucas condições políticas de ser implementado através de eleições. “Não há dúvida de que a democracia brasileira está sob ataque. É um tipo diferente de golpe”, afirma. “Eles estão explorando uma situação de caos, uma falta de democracia, para impor algo que eles não conseguiriam sem crise e com uma democracia real”, completa.<br /><br />Confira a entrevista abaixo.<br /><br />Brasil de Fato - Em seu livro, você denuncia o que considera a falsa relação entre neoliberalismo e democracia política. As ditaduras militares latino-americanas ocupam um papel importante no seu argumento. Você poderia explicar isso para nós?<br /><br />Naomi Klein - O argumento que eu desenvolvo neste livro é o de que nos contaram um conto de fadas sobre como esta forma extrema do capitalismo colonizou o mundo. Essa versão fantasiosa é a de que ela se espalhou pacificamente através das democracias, que a teriam escolhido. Entretanto, se olharmos para a história dos primeiros lugares onde o neoliberalismo foi imposto, ele foi imposto exatamente no oposto [do que nos é dito]: foi necessária uma derrubada da democracia para que ele se desenvolvesse.<br /><br />As raízes do pensamento neoliberal estão na Universidade de Chicago, que recebeu muito apoio dos industriais norte-americanos, que estavam bastante preocupados com uma virada à esquerda nos EUA. Ela recebeu apoio, por exemplo, do presidente do Citibank. Havia muita preocupação de que, nos anos 1960, o espectro ideológico estivesse se movendo muito à esquerda.<br /><br />O que é muito interessante é que quando houve um presidente [norte-americano] de direita no final dos anos 1960 e início dos 1970, Richard Nixon, apesar de ele ter contratado conselheiros que vieram da Universidade de Chicago, eles não conseguiram impor essas mesmas ideias neoliberais extremas em uma democracia, porque essas ideias eram muito impopulares. É famoso o fato de que Nixon foi contra os conselhos dados pelos economistas da Escola de Chicago, como Milton Friedman. Ele introduziu uma série de regulações ambientais e medidas de controle de salários e preços, porque a inflação estava muito alta. Friedman disse que "Richard Nixon foi o presidente mais socialista dos EUA" [risos]. O que é importante é que enquanto este projeto falhou nos EUA naquele momento, esses mesmos economistas introduziram as ideias neoliberais na América Latina durante a década de 1970, mas apenas após a realização de golpes de Estado. <br /><br />O exemplo mais famoso é o Chile: após a queda do [presidente Salvador] Allende, quando os militares fizeram uma parceria com os economistas da Escola de Chicago, tornando o país um laboratório para essas ideias. Friedman sempre afirmou que a implementação dessas ideias através da brutalidade não tinha relação com as ideias em si, mas pessoas como Orlando Letelier [diplomata chileno durante o governo Allende] diziam que eram dois lados da mesma moeda: nunca é possível introduzir, através da democracia, esse tipo de ideias em países com uma grande população pobre que se beneficia de políticas redistributivas.<br /><br />Você demonstrava esperança sobre a resistência aos "choques", já que as pessoas teriam aprendido com experiências anteriores. Como você vê, por exemplo, o que aconteceu na Europa após 2008, quando a crise financeira internacional estourou e políticas de austeridade foram implementadas nos países do sul daquele continente?<br /><br />Esta é uma pergunta muita boa. Eu publiquei A Doutrina do Choque em 2007, pouco antes do colapso financeiro. Honestamente, eu diria que quando escrevi, eu era ingênua. No meu entendimento de como resistir a esta tática, eu acreditava que se as pessoas realmente entendessem a tática - as crises e o caos sendo aproveitados pelas elites para defender políticas inaceitáveis que as enriquecem e empobrecem a maioria - e dissessem "não", a resistência funcionaria. Mas eu acho que o que nós vemos com a experiência do que ocorreu na Grécia e na Espanha, e, na verdade, em todo o sul da Europa, é que resistir somente dizendo "não" - "não queremos a austeridade" - é apenas o primeiro passo, não é suficiente.<br /><br />O caso do Syriza é exemplar: mesmo quando governos antineoliberais ganham, há maneiras de cercá-los. É necessário haver um "não" forte à "doutrina do choque", mas, especialmente em momento de grandes crises econômicas, também deve haver um "sim" no qual acreditar: deve haver uma articulação simultânea das alternativas à "doutrina do choque", que devem ir além do status quo. Esses momentos de crises demandam uma reposta. As crises dizem que alguma coisa está errada com o sistema. Nós sabemos que a direita tem a tática do choque, mas também deve haver o que eu chamo de "choque popular": uma forma alternativa de responder às crises.<br /><br />Essa é a razão pela qual eu escrevi This Changes Everything [Isto Muda Tudo, sem edição em português], porque vivemos em um tempo de múltiplas crises, nas quais o sistema está falhando em várias dimensões. Está falhando economicamente, mas também ecologicamente. O que eu acredito é que nós precisamos responder a essas múltiplas crises desenvolvendo uma visão corajosa sobre como a próxima economia deva ser, que possa nos tirar dessa situação de crises em série.<br /><br />A falha da centro-esquerda, em geral, foi a de não conseguir articular uma alternativa audaciosa o suficiente não só ao neoliberalismo, mas à economia extrativista de forma ampla.<br /><br />Como você analisa o impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff? Alguns analistas brasileiros utilizam suas ideias para explicar o que está ocorrendo. Você concorda com eles?<br /><br />Eu vi essas análises aplicando a doutrina do choque ao que está acontecendo neste momento no Brasil, e eu penso que elas são convincentes. O fato de que ela [Dilma] foi reeleita certamente frustou as elites brasileiras. Também está claro que há temores [dos políticos] em serem investigados nos escândalos [de corrupção], o que também impulsionou este desejo [de ver Dilma fora do governo]. Eu não sei qual é a grande motivação, mas há diversas coisas acontecendo: o desejo de se livrar das acusações de corrupção e o oportunismo de "nunca desperdiçar uma crise". Esta é uma frase de Rahm Emanuel, prefeito de Chicago. Ele impôs uma série de políticas neoliberais que foram incrivelmente destrutivas, particularmente para a educação e para a habitação.<br /><br />O PT, sob nenhum aspecto, foi perfeito. Entretanto, a redistribuição levou a uma redução da desigualdade e se combateu a pobreza extrema. Isso é significativo e criou as condições para a reeleição.<br /><br />Eu realmente não sei qual foi a força motriz, mas a reeleição de Dilma certamente desmoralizou as elites brasileiras e as fez entender que não tinham as condições [políticas] de impôr essas políticas lucrativas para elas. <br /><br />Responder a crises não é algo novo. O que eu argumento no livro ADoutrina do Choque é que o neoliberalismo foi uma maneira oportunista de fazer isso, não para resolver as causas das crises, mas apenas para impor políticas que enriquecem as elites e causam mais crises. É isso que estamos vendo no Brasil.<br /><br />O FMI [Fundo Monetário Internacional] acabou de publicar um relatório há alguns dias no qual diz que o neoliberalismo falhou completamente: não produziu crescimento, produziu desigualdade massiva e instabilidade. E essas são precisamente as políticas que estão sendo impostas no Brasil como uma suposta solução à crise econômica, ainda que saibamos que não funciona. Isso não ocorre porque as elites brasileiras não leram o relatório do FMI, mas sim porque são políticas incrivelmente lucrativas para uma minoria da população. Eles estão explorando uma situação de caos, uma falta de democracia, para impor algo que eles não conseguiriam sem crise e com uma democracia real.<br /><br />Você concorda com a ideia de que se trata de um golpe?<br /><br />Não há dúvida que a democracia brasileira está sob ataque. O combate à corrupção foi apenas um pretexto para se livrar da presidenta eleita democraticamente. É um tipo diferente de golpe. Não se trata de um golpe militar, com tanques nas ruas - e nós não devemos dizer que são a mesma coisa -, mas, efetivamente, há um profundo ataque à democracia acontecendo.<br /><br />A “história oficial” do neoliberalismo aponta os governos Reagan [EUA] e Thatcher [Reino Unido], em países tidos como democráticos, como a origem dessas políticas. Em seu livro, porém, você cita como Thatcher combateu os sindicatos. Até mesmo em democracias, o neoliberalismo é autoritário? Devemos esperar a mesma situação no Brasil?<br /><br />O que eu argumento em A Doutrina do Choque é que Thatcher não foi capaz de impôr a agenda neoliberal no Reino Unido no seu primeiro mandato. Ela até escreveu uma carta a [Friedrich von] Hayek que eu cito no livro: em uma democracia, é impossível fazer o que foi feito no Chile. O que aconteceu é que a Guerra das Malvinas [da Inglaterra contra a Argentina] estourou e ela explorou o sentimento hipernacionalista e se reinventou como a "primeira-ministra para tempos de guerra", tal como Churchill, e conseguiu ganhar sua reeleição, e então atacou os sindicatos.<br /><br />Os sindicatos são sempre uma grande barreira à implementação da agenda neoliberal. Eu conto a história do que ocorreu na Bolívia nos anos 1980, quando líderes sindicais eram sequestrados para que não pudessem se organizar, enquanto o choque neoliberal era imposto.<br /><br />Obviamente, haverá algum tipo de estratégia para desmobilizar. Mas eu acredito que, no Brasil, o jogo ainda não terminou. As histórias estão mudando a todo momento, as pessoas estão fazendo exatamente o que elas deveriam fazer, resistindo nas ruas. Os vazamentos das conversas revelando a trama antes do golpe continuam a criar uma crise [política]. Isso precisa ser divulgado fora do Brasil, colocando pressão sobre governos estrangeiros. Nós não precisamos aceitar a ideia de que tudo vai continuar como está.<br /><br />Recentemente, tivemos um grande desastre ambiental no Brasil. Em sua última obra, This Changes Everything, você coloca que o capitalismo não só aumentou as desigualdades, mas, hoje, também representa um risco para a própria existência da humanidade. Pode nos explicar isso?<br /><br />O que sabemos é que se continuarmos fazendo o que estamos fazendo, alcançaremos um nível de aquecimento insustentável. Estamos em um momento em que o capitalismo e a busca pelo crescimento perpétuo estão em guerra contra a vida na Terra. Estamos chegando a um nível em que boa parte do planeta será inabitável por humanos. Está acontecendo mais rápido do que o imaginado. O branqueamento dos corais ano passado foi em uma escala sem precedentes. A Índia e o Paquistão estão passando por ondas de calor de 51º C - algo que os humanos não conseguem aguentar. E isso representa, na média global, um aumento de apenas 1º C - e nós estamos caminhando para um aumento de 6º C, a não ser que ações governamentais diferentes das que estão sendo implementadas até agora sejam tomadas.<br /><br />As crises são sinais nos dizendo que há algo errado na forma como organizamos nossa sociedade. As crises econômicas apontam para o fato de que é algo sistêmico. Quando nós pensamos nas décadas de 1920 e 1930, quando ocorreu a Grande Depressão, a esquerda respondeu com alternativas muito fortes: propostas sobre como reinventar aquele sistema. Quando nós enfrentamos um choque climático - enchentes, incêndios, grandes tempestades - nós devemos responder tentando mudar o sistema para que nós paremos de enfrentar esses choques.<br /><br />O Acordo de Paris [sobre o clima] não está próximo o suficiente das nossas necessidades, ele não tem poder vinculativo - é por isso que Donald Trump disse que cancelaria [a participação dos EUA no acordo].<br /><br />Isso está ocorrendo porque temos um sistema que nos encoraja a empreender uma busca pelo crescimento infinito a qualquer preço. Nós temos economias extrativistas, e vemos que governos de esquerda também falharam em confrontar essa lógica. Isso é verdade para a Venezuela, o Equador e para o Brasil também.<br /><br />É por isso que digo que, nesses momentos de crise, o sistema revela a si mesmo como irrealizável. Nós devemos dizer "não" à doutrina do choque, mas também devemos ir além, propor um "sim". Temos que elaborar uma visão que vá até a raiz, tanto da instabilidade econômica, como da ecológica. Nesse momento, esse é o verdadeiro desafio para as brasileiras e os brasileiros. O que nós sabemos de outros países é que o "não" sozinho não é suficiente, porque em crises econômicas, as pessoas querem soluções. Elas não querem a doutrina do choque, então a pergunta é: Qual a solução? Qual o plano?<br /><br />Essa era minha próxima pergunta…<br /><br />Eu não posso responder para o contexto brasileiro, mas eu posso dizer que no Canadá, onde vivo, estive envolvida em um processo com diversos movimentos sociais que culminou no Manifesto do Salto [Leap Manifesto]. É uma antevisão da sociedade que queremos: como passar de uma economia extrativista - que explora sem fim a Terra, os corpos e a sociedade - para um modelo que respeite o planeta e que garanta o respeito pelo outro. Nós elaboramos 15 demandas por políticas que nos fariam chegar lá. Foi um processo maravilhoso de conectar movimentos - ambientalistas; organizações contra austeridade, contra tratados de livre comércio como o TTPP; a favor dos direitos indígenas.<br /><br />Nossa perspectiva se fundamentou na visão de mundo dos povos originários, aprendendo com as primeiras nações do nosso país. Defendemos, por exemplo, o uso de energia 100% renovável, mas queremos também mudar a forma de propriedade: nem o controle das grandes corporações, nem do grande poder estatal, queremos controle comunitário. Além disso, os primeiros beneficiários desse novo modelo devem ser as comunidades atingidas pela indústria suja. Assim, [no Canadá], em primeiro lugar os indígenas e, logo em seguida, os latinos e negros.<br /><br />É o que chamamos de transição justa para a próxima economia. Nós tentamos elaborar isso, talvez seja útil para as pessoas no Brasil conhecerem e se inspirarem a realizar um processo semelhante: se juntar e imaginar o desenho de uma economia pós-extrativista.<br /><br />Edição: Simone Freire</div>
Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-4141201377982155072017-03-02T10:39:00.000-03:002017-03-02T10:39:00.352-03:00Guerra na Síria <iframe allowfullscreen="true" allowtransparency="true" frameborder="0" height="315" scrolling="no" src="https://www.facebook.com/plugins/video.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Facordarpt%2Fvideos%2F669979129829103%2F&show_text=0&width=560" style="border: none; overflow: hidden;" width="560"></iframe>Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-2321025764172852632017-02-20T11:34:00.000-03:002017-02-20T11:34:15.613-03:00Entrevista com Darcy Ribeiro<iframe allowfullscreen="true" allowtransparency="true" frameborder="0" height="315" scrolling="no" src="https://www.facebook.com/plugins/video.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2FAbertura%2Fvideos%2F1341281225935923%2F&show_text=0&width=560" style="border: none; overflow: hidden;" width="560"></iframe>Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-62740042689017014832017-01-11T11:11:00.002-02:002017-01-11T11:11:32.230-02:00Orção Natal 2016Agradecer por mais um ano que passou. Pelas alegrias vividas, pelos desafios, e pelas tristezas que nos servem de aprendizado.<div>
<br />Quando encontramos dificuldades, a dor nos serve como caminho para o aprimoramento espiritual. <br /></div>
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O Natal é uma data para reflexão, paremos para analisar nossas vidas, nossos comportamentos, nossas atitudes com o próximo. Lembrar que nesta data, Jesus veio a terra, com muita dor, nos mostrar o verdadeiro caminho. <br /></div>
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Que o presente seja o abraço. Que o Papai Noel seja sua família. Que a ceia mate a fome de amor e generosidade entre as pessoas. <br /></div>
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O mundo passa por momentos difíceis, oremos para neutralizar as energias, vamos nos concentrar no caminho do bem e do amor, e espalhar esta positividade através de nossos pensamentos. <br />Graças a Deus <br /><br /></div>
Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-80573756777100993452017-01-09T11:41:00.000-02:002017-01-09T11:41:25.065-02:00Escritores da Liberdade <br />Uma jovem e idealista professora chega à uma escola de um bairro pobre, que está corrompida pela agressividade e violência. Os alunos se mostram rebeldes e sem vontade de aprender, e há entre eles uma constante tensão racial. Assim, para fazer com que os alunos aprendam e também falem mais de suas complicadas vidas, a professora Gruwell (Hilary Swank) lança mão de métodos diferentes de ensino. Aos poucos, os alunos vão retomando a confiança em si mesmos, aceitando mais o conhecimento, e reconhecendo valores como a tolerânica e o respeito ao próximo.<br /><br /><br />Assista pelo <a href="https://www.netflix.com/title/70053462">Netflix</a> ou Youtube abaixo:<div>
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<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/CNwtFC_EB1Y/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/CNwtFC_EB1Y?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
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Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-21522608407448320332017-01-09T11:32:00.000-02:002017-01-11T11:57:47.215-02:00Privatização dos Presídios<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://farm1.staticflickr.com/657/31996490622_28bc53ac45_z.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="302" src="https://farm1.staticflickr.com/657/31996490622_28bc53ac45_z.jpg" width="320" /></a></div>
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Privatizar sem mudar o tipo de instituição vai ajudar ?<br />
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Se analisarmos pela eficiência da gestão, temos o caso da chacina em Manaus como exemplo, que é um presídio privatizado. Só em 2016, mais de 50 presos fugiram de presídios privatizados através de 8 túneis cavados, estes números são prova de que gestão privada também é ineficiente. </div>
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Mas a questão principal não é está, o problema é social. Porque uma empresa que administra presídios investe dinheiro em campanhas políticas ? Isso aconteceu bastante nas últimas eleições.<br />
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Um político, que supostamente deveria trabalhar para o bem da população, acaba trabalhando para aumentar o número de presos, custe o que custar. Esta situação é péssima para bem da população. O "lobby" dos presídios não pode existir. <br />
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Temos que repensar a forma dos presídios, os presos tem que trabalhar, gerar lucro para a sociedade e não prejuízo. <br />
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O preso tem que estudar para ampliar suas perspectivas de vida. Sabemos que nossos presídios são uma escola para a delinquência, uma pessoa que entra por roubar uma galinha, sai um bandido formado, capaz de cometer as maiores atrocidades. <br />
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A privatização da forma como está, só gera mais problemas sociais. <br />
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"queremos enfrentar o narcotráfico com o encarceramento de pequenos traficantes”. Lembrando que no caso do helicóptero de propriedade de um senador, aprendido com 450kg de pasta de cocaína, nada aconteceu com os envolvidos. </div>
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Saiba mais:<br />
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<a href="https://www.brasildefato.com.br/2017/01/10/pais-negligencia-o-crime-organizado-e-combate-o-inimigo-errado/index.html">pais-negligencia-o-crime-organizado-e-combate-o-inimigo-errado/index.html</a><br />
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<a href="http://jornalggn.com.br/noticia/congresso-tem-parcela-de-culpa-pelo-caos-penitenciario-diz-flavia-piovesan">Ccongresso-tem-parcela-de-culpa-pelo-caos-penitenciario-diz-flavia-piovesan</a><br />
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<a href="http://jornalggn.com.br/noticia/entre-lucros-e-dividas-o-status-da-gestora-de-presidios-no-amazonas">Entre-lucros-e-dividas-o-status-da-gestora-de-presidios-no-amazonas</a><br />
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<a href="http://jornalggn.com.br/noticia/massacres-de-presos-quem-paga-essa-conta-por-percival-maricato">massacres-de-presos-quem-paga-essa-conta-por-percival-maricato</a><br />
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<iframe allowfullscreen="true" allowtransparency="true" frameborder="0" height="315" scrolling="no" src="https://www.facebook.com/plugins/video.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fquebrandootabu%2Fvideos%2F1333397266716657%2F&show_text=0&width=560" style="border: none; overflow: hidden;" width="560"></iframe><br />
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Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-72498175396424289892016-11-04T22:28:00.001-02:002016-11-04T22:28:54.050-02:00Ver, primeiro.<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Slab Serif", sans-serif; font-size: 15px;">
<span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0);">Manter a população na ignorância e na desinformação é uma necessidade desta estrutura social. Uma necessidade permanente.</span></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Slab Serif", sans-serif; font-size: 15px;">
<span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0);">Conter as verbas públicas e pagar os juros de uma dívida inventada pra colocar o país de joelhos diante de banqueiros e magnatas estrangeiros, com a conivência permanente da "elite" local, entregar de graça as riquezas o país e o povo à exploração sem direitos, esses são os objetivos da atual gerência, dos novos capatazes à frente das instituições falsamente públicas. Os “donos” da fazenda nem moram nela. Apenas a sugam de todas as formas, com a conivência e a cumplicidade dos poucos privilegiados locais.</span></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Slab Serif", sans-serif; font-size: 15px;">
<span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0);">Não há disfarce convincente, o descaramento é resultado da confiança na eficiência da sabotagem total nos direitos humanos e constitucionais da população. Conta-se plenamente com a ignorância e a desinformação. Cara de pau sem limites. E ainda se pensa que há caminho dentro da institucionalidade pra reverter a situação... ingênuas ilusões... tá tudo dominado, infiltrado, influenciado, impregnado dos interesses vampirescos dos parasitas mundiais e locais. Em todas as áreas.</span></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Slab Serif", sans-serif; font-size: 15px;">
<span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0);">A mineradora que matou a vida do rio Doce está recebendo permissão pra funcionar – na verdade nunca parou, até hoje escuto o apito dos trens, coisa de oitenta por dia, em dois meses seguintes à avalanche de rejeitos que assolou o vale – o maior da região sudeste – , matando tudo o que encontrava pela frente. Por trás do descalabro na saúde pública, ressalva feita a enorme quantidade de servidores que dão seu jeito pra atender nas condições miseráveis de trabalho que encontra, estão os interesses de planos de saúde, de laboratórios e da indústria da medicina lucrativa, devidamente representados nos poderes públicos, sabotando o sistema público de saúde. A educação não interessa, simplesmente, aos interesses do punhado de parasitas podres de ricos. Enquanto a educação pública deve criar ignorância pra maioria, como se vê em qualquer lugar, a sabotagem é óbvia, a particular se destina à formação dos gerentes e chefes da maioria ignorantizada. Não era à toa o ódio a toda iniciativa de educação de qualidade, no interesse do desenvolvimento de todo o povo brasileiro, da formação de senso crítico, de visão de mundo, de relações sociais mais esclarecidas, na composição de uma sociedade mais harmônica. A barbárie é deliberada e estratégica. Relega-se a maioria à inferioridade, à pobreza, à exclusão, criam-se as condições de violência, de miséria e revolta, e o massacre publicitário-midiático vai convidar milhares ao crime, com o acesso ao consumo induzido como valor pessoal e social. Deforma-se a mentalidade dos agentes de segurança, impedidos de ter qualquer consciência social, implantam-se idéias falsas e sentimentos destrutivos, culpam as vítimas e os incitam à violência contra os pobres em geral. Está formada a guerra. Com o tempo, o histórico de mortes dos dois lados é combustível suficiente pra sustentar o ódio e os conflitos.</span></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Slab Serif", sans-serif; font-size: 15px;">
<span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0);">Os empresários do tráfico circulam seus exércitos divididos em facções, seguros das cordas que têm nas mãos. Afinal, financiam também campanhas eleitorais, midiáticas, publicitárias, como bancos, laboratórios, mineradoras, latifundiários, mega-empresas em geral. Há uma guerra nos morros e nas periferias, a mídia não fala nada, uma pincelada aqui e ali, sem possibilidade de unir os pontos. Os responsáveis últimos por esta situação não circulam pelo caos, têm suas fortalezas, suas ilhas, mansões bem cercadas e cuidadas por exércitos particulares, cercas eletrificadas, câmeras e sabe-se lá o que mais. Enquanto isso as instituições tratam de manter a estrutura como é, apesar das heróicas exceções pessoais.</span></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Slab Serif", sans-serif; font-size: 15px;">
<span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0);">É preciso desenvolver novos caminhos, pois os institucionais estão monitorados e controlados de todas as maneiras possíveis, além de algumas impossíveis. Ver direitinho como é a realidade, antes de decidir o que fazer ou como, pra não fazer das formas induzidas que, além de não afetar em nada a estrutura social, ainda colabora na construção da farsa democrática.</span></div>
<br style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Slab Serif", sans-serif; font-size: 15px;" />
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Slab Serif", sans-serif; font-size: 15px;">
<span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0);">O despertar é lento, mas inexorável... as revelações se sucedem. Enxurrada delas.</span></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Slab Serif", sans-serif; font-size: 15px;">
<span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0);"><br /></span></div>
<div style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0); background-color: white; color: #333333; font-family: "Slab Serif", sans-serif; font-size: 15px;">
<span style="-webkit-tap-highlight-color: rgba(0, 0, 0, 0);">De: <a href="http://observareabsorver.blogspot.com.br/2016/10/ver-primeiro.html">Eduardo Marinho</a></span></div>
Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-83127230701701242442016-05-02T12:24:00.000-03:002016-05-02T12:25:16.907-03:00Super-ricos no Brasil são sustentados pela classe média e pelos pobres<br />
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De acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Heritage Foundation, de 2014 e 2015, a carga tributária média mensal brasileira é a quinta mais baixa entre as 20 maiores economias do mundo e está longe de figurar como a mais elevada do planeta.<br />
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“Quando a gente avalia, na comparação com outros países, vemos que os cerca de 36% de carga tributária [em relação ao PIB] do Brasil está na média dos outros lugares. O problema é que temos aqui uma situação de injustiça fiscal que penaliza os pobres e a classe média”, diz Grazielle Custódio David, especialista em Orçamento Público e assessora do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).<br />
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<img src="http://i0.wp.com/admin.paginaoficial.ws/admin/arquivos/biblioteca/cargatributaria89402.jpg?resize=500%2C380" />Veja mais:<br />
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<a href="http://cartacampinas.com.br/2016/04/estudo-das-nacoes-unidas-mostra-que-o-brasil-e-paraiso-fiscal-dos-super-ricos/">Estudo das Nações Unidas mostra que o Brasil é paraíso fiscal dos super-ricos</a><br />
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<a href="http://cartacampinas.com.br/2015/09/classe-media-alta-paga-o-dobro-do-imposto-pago-pelos-super-ricos-do-brasil/">Classe média alta paga o dobro do imposto pago pelos super-ricos no Brasil</a><br />
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Segundo ela, essa situação de desigualdade acontece basicamente por duas razões. Primeiro, porque grande parte da estrutura tributária do país está baseada em impostos indiretos, ou seja, que incidem sobre o consumo de bens e serviços e não sobre a renda e a propriedade.<br />
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“O problema de ter uma grande taxação de consumo é que, proporcionalmente, <a href="http://cartacampinas.com.br/2015/10/falencia-do-sistema-57-milhoes-de-brasileiros-estao-no-cadastro-de-devedores/">quem acaba pagando mais são os mais pobres</a>. Por exemplo, se vai comprar arroz no supermercado, um pobre paga o mesmo imposto que um rico. Mas, quando a gente relaciona com o salário que aquela pessoa recebe, a proporção que o pobre paga é muito maior que a da pessoa rica. Isso configura uma situação de injustiça fiscal”, aponta Grazielle.<br />
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Carga pesada para quem?<br />
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O outro entrave à justiça fiscal, diz Grazielle, está relacionado à forma de tributar a renda no país. “A gente tem uma situação em que a classe média, a faixa que recebe <a href="http://cartacampinas.com.br/2015/09/professor-defende-reducao-de-imposto-para-a-classe-media-e-taxacao-de-super-ricos/">entre 20 e 40 salários mínimos</a>, é a que paga mais imposto de renda hoje no Brasil. Já quem recebe, por exemplo, acima de 70 salários mínimos, praticamente não paga imposto”, compara.<br />
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No país, hoje, as rendas do trabalho são submetidas à cobrança de imposto de acordo com uma tabela progressiva com quatro tipos de alíquotas (7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%). Já nas rendas do capital o leão dá apenas uma mordiscadinha, uma vez que as rendas decorrentes da distribuição de lucros e dividendos são isentas de Imposto de Renda. E outras, como ganhos financeiros ou de capital, estão sujeitas a alíquotas exclusivas, inferiores àquelas cobradas sobre a renda do trabalho.<br />
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“Se a gente compara um assalariado que paga na alíquota máxima de 27% com alguém que recebe mais do que o limite do imposto de renda, há uma situação terrível. Porque a maioria deles [os mais ricos] recebe por lucros e dividendos e, quando a gente avalia quanto eles pagam em imposto de renda, normalmente chega em 6%. Olha a situação: um grupo, que é a classe média, paga 27,5% de IR. E quem ganha muito mais que este grupo paga muitas vezes só 6%, porque existe a isenção de cobrança do Imposto de Renda sobre lucros e dividendos”, lamenta Grazielle.<br />
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Segundo dados da Receita Federal, em 2014, um grupo com cerca de 71 mil brasileiros ganhou quase R$ 200 bilhões sem pagar nada de Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF). Foram recursos recebidos, em sua maioria, como lucros e dividendos.<br />
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Essa isenção da tributação sobre lucros e dividendos foi instituída no país em 1995, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Entre todos os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), só o Brasil e a Estônia têm essa isenção. É uma vergonha, um vexame que o Brasil tenha aprovado uma lei como esta, que acaba punindo muitos de seus cidadãos, e beneficiando muito poucos”, critica Grazielle.<br />
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Os<a href="http://cartacampinas.com.br/2015/09/classe-media-alta-paga-o-dobro-do-imposto-pago-pelos-super-ricos-do-brasil/"> pesquisadores Sérgio Gobetti e Rodrigo Orair</a>, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), estimam que o governo poderia arrecadar mais de R$ 43 bilhões ao ano com a cobrança de imposto de 15% sobre lucros e dividendos recebidos por donos e acionistas de empresas.<br />
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Em um momento de ajuste fiscal, no qual o governo faz malabarismos para cortar gastos e aumentar a arrecadação, o valor seria mais que bem-vindo.<br />
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<img src="http://i2.wp.com/admin.paginaoficial.ws/admin/arquivos/biblioteca/grafico0189404.jpg?resize=600%2C379" /><br />
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As manipulações da Fiesp<br />
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Os ricos brasileiros não têm mesmo do que se queixar. De acordo com Grazielle, o Brasil tem ainda um dos mais baixos impostos sobre patrimônio. “Hoje, no Brasil, a arrecadação com impostos sobre patrimônio está na faixa de 3%. A média mundial é entre 8 e 12%”, informa, apontando a falácia no argumento de quem cita a carga tributária como abusiva.<br />
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A assessora do Inesc criticou o discurso de combate aos tributos, que interessa, especialmente, aos super-ricos, sobre quem menos pesam os impostos. Ela aponta a Fiesp como grande representante desse grupo – em grande parte possuidor de empresas e recebedor de lucros e dividendos não tributados.<br />
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Para ela, a entidade mente e manipula informações, de forma a conseguir a adesão da população para suas campanhas pela redução da carga tributária. Ao propalarem desinformação, as iniciativas terminam conseguindo apoio entre as classes baixa e média, que de fato sentem no bolso o preço dos impostos.<br />
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“A Fiesp, através de sua atuação, inclusive de lobby com o Legislativo, grandes campanhas e articulação, representando os interesses dos super-ricos, tem formulado um discurso fácil de ser assimilado, porque as pessoas percebem uma carga pesada para elas e acatam esse discurso. Mas o problema é que eles [da Fiesp] contam uma mentira, ou uma verdade incompleta. Manipulam as informações, e o pobre e a classe média acabam sentindo, sim, o peso, porque todo o peso da carga tributária está sobre eles. Enquanto isso, os ricos praticamente não pagam imposto. É um discurso forjado, manipulador, para enganar a população”, acusa.<br />
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<img src="http://i1.wp.com/admin.paginaoficial.ws/admin/arquivos/biblioteca/pato_dafiesp89405.jpg?resize=600%2C317" /><br />
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Para que serve o imposto<br />
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De acordo com Grazielle, a maior consequência deste tipo de campanha é que, ao insistir que a carga tributária é alta, distancia as pessoas de uma compreensão real sobre a importância dos impostos.<br />
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“A gente vai então ignorando o que determina uma carga tributária, que são as demandas sociais”, ressalta. Segundo ela, cria-se um quadro de contradição, em que as pessoas pleiteiam melhores serviços públicos, mas combatem a forma que o Estado tem de promovê-los.<br />
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“É isso que leva as pessoas para as ruas. É saúde, educação, segurança, promoção de direitos fundamentais, direitos humanos. E são essas demandas e necessidades sociais que vão determinar qual é a carga que um país tem que ter de tributos para garantir esse tipo de assistência à sua população. Se a gente quer que essas demandas sejam atendidas, os impostos são necessários. Agora, a forma como esse imposto vai ser cobrado da sociedade, aí é que entra a questão da justiça fiscal, que precisa melhorar no país”, diz.<br />
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Ela avalia que o debate sobre a importância dos tributos não interessa à parcela mais rica da população – a mesma que faz críticas ao tamanho do Estado. “Esses super-ricos não têm muito interesse de que essas demandas sociais sejam atendidas para o coletivo, porque muitos deles, por exemplo, recorrem a um plano de saúde, a uma escola privada, muitos contratam segurança privada, e esquecem que a maioria da população não tem como recorrer a isso e necessita que o Estado garanta.”<br />
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Para ela, mais que um debate sobre ter mais ou menos impostos, é preciso redistribuir a carga já existente.<br />
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“Isso pode ser feito com a diminuição de impostos indiretos e com redistribuição do imposto de renda. A gente pode, por exemplo, criar mais faixas, com diferentes alíquotas, diminuindo a incidência do Imposto de Renda até os 40 salários mínimos, e aumentando a partir daí, desde que se revogue a lei que isenta de taxação os lucros e dividendos. Além disso, a gente pode trabalhar muito na questão dos impostos sobre patrimônio”, sugere.<br />
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A especialista em Orçamento Público defende que, com esta série de medidas, é possível aumentar a arrecadação – e, consequentemente, o orçamento público –, diminuir o peso da carga tributária sobre os mais pobres e a classe média e, ainda, atender melhor às demandas sociais e promover políticas públicas com melhor financiamento, o que acabaria por gerar melhor qualidade nos serviços.<br />
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<img src="http://i0.wp.com/admin.paginaoficial.ws/admin/arquivos/biblioteca/manifestacao89406.jpg?resize=600%2C347" /><br />
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Grandes fortunas<br />
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Outra medida que vem sendo discutida como forma de aumentar a justiça fiscal no país é a implantação do imposto sobre grandes fortunas, que está previsto na Constituição, mas precisa ser regulamentado. Grazielle, contudo, avalia que a medida enfrenta dificuldades para avançar.<br />
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“Uma grande resistência a esse tipo de taxação é de quem diz que vai haver fuga de capitais do país. Outra questão é que, quando se fala em imposto, significa que a União não pode compartilhar. Então existe uma resistência de estados e municípios para avançar nisso, se for em formato de imposto. Se fosse, por exemplo, no formato de uma taxa, ou outro formato de cobrança, talvez tivesse mais apoio de governadores e prefeitos”, avalia.<br />
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Segundo ela, nesse sentido, a adesão dos estados e municípios é maior à proposta de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). “Como a CPMF é uma contribuição, ela pode ser compartilhada. Talvez por isso, o debate sobre a taxação de grandes fortunas perca um pouco de força”, explica.<br />
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Cobrar de quem não paga<br />
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Segundo ela, por causa da resistência que foi forjada na sociedade em relação a novos tributos, talvez seja melhor o governo trabalhar com as possibilidades que já existem, eliminando desonerações e aumentando a fiscalização e cobrança, de forma a recuperar recursos que estão na Dívida Ativa da União ou foram sonegados.<br />
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“Hoje as renúncias tributárias são altíssimas no Brasil, concedidas ao setor privado, sem que haja um controle adequado de qual retorno existe. Você desonera uma grande empresa, falando que ela vai garantir mais empregos, que vai melhorar a economia, mas não tem depois nenhum estudo que avalie se isso de fato aconteceu”, condena.<br />
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Ela lembra que a Dívida Ativa da União ultrapassa hoje R$ 1 trilhão. “Porque não investir na capacidade de fiscalização e cobrança dessas dívidas?”, questiona, acrescentando que outros R$ 500 bilhões anualmente se perdem na sonegação.<br />
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Grazielle cita ainda manobras feitas por grandes empresas, com o objetivo de pagar menos impostos. “A gente fez um estudo com a Vale, no qual foi possível observar a série de planejamentos tributários que eles fazem. Vendem, por exemplo, minério a preço muito abaixo do valor de mercado para países que são paraísos fiscais. Lá eles revendem e redistribuem para outros países, já com preço de mercado. Quando o minério sai daqui com preços baixos, eles já estão pagando menos impostos.<br />
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Chega no paraíso fiscal, não vão pagar imposto também. E, como vendem de lá com valor normal, então ganharam de novo. São manobras que tentam ficar dentro da lei, mas que acabam por sonegar, porque deixam de pagar os impostos devidos”, explicou.<br />
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De acordo com ela, de certa forma, há certos estímulos à sonegação no Brasil. “Sou uma empresa, tenho que pagar Cofins, por exemplo, e não pago. Pego esse dinheiro e invisto [no mercado financeiro]. O dinheiro fica rendendo juros. Depois de um tempo, vou para a Dívida Ativa, espero vir o Refis [programa de refinanciamento fiscal], aí negocio a dívida para pagar um valor ainda mais baixo do que eu devia. Quer dizer, ganho duas vezes, com os juros e pagando menos imposto”, exemplifica.<br />
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Além disso, a certeza da impunidade é algo que não ajuda a coibir os crimes fiscais, afirma. “No Brasil, pela lei, se depois você paga o que deve, o crime tributário deixa de existir. Não existe punição. Em outros países não existe essa revogação. Se a pessoa fez, além de ter que pagar o valor, muitas vezes com correção, ela ainda pode ser punida penalmente. A certeza da impunidade, a coisa do Zé Malandro, é que reforça a sonegação”, ressalta, defendendo que é preciso fortalecer as instâncias governamentais de fiscalização, controle e cobrança.<br />
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“A gente fica falando que em 2015 fizemos um orçamento deficitário de R$ 30 bi. Mas espera aí! A gente tem uma sonegação de R$ 500 bi, mais uma desoneração tributária de mais R$ 500 bi, mais uma dívida ativa de quase R$ 1,5 trilhão. Será que a gente tem um orçamento negativo de fato como nação ou poucas pessoas estão, aí, ficando com nosso dinheiro, deixando de pagar o que devem, e a gente sofrendo as consequências, sofrendo um ajuste fiscal?”, indaga.<br />
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Que reforma queremos?<br />
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Atualmente funciona no Legislativo uma Comissão Especial da Reforma Tributária, tema que deve estar muito em pauta este ano. Contaminado pelas meias verdades difundidas pela Fiesp, o debate deve refletir o cabo de guerra entre os interesses de super-ricos e trabalhadores, observa Grazielle.<br />
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“Se existe intenção de fazer a reforma tributária andar? Existe interesse dos dois lados, inclusive”, opina. De acordo com ela, um grupo dentro da Câmara, que tem entre seus integrantes o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), tem a intenção de fazer uma reforma que promova redução da carga tributária. Enquanto isso, do outro lado, setores progressistas defendem a justiça fiscal.<br />
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“Há pressão dos dois lados para que a reforma tributária aconteça. Acho que esse é um ano em que se vai discutir muito isso. Agora, por qual desses dois caminhos nós vamos acabar trilhando é a grande incógnita. Nossa defesa é que seja o caminho de uma reforma tributária com justiça fiscal”, encerra. (Joana Rozowykwiat do <a href="http://www.m.vermelho.org.br/noticia/275702-2">Vermelho</a> via <a href="http://www.inesc.org.br/noticias/noticias-gerais/2016/fevereiro/impostos-o-leao-que-mia-para-os-super-ricos">Inesc</a>)<br />
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<a href="http://cartacampinas.com.br/2016/02/super-ricos-no-brasil-sao-sustentados-pela-classe-media-e-pelos-pobres/">Fonte aqui</a>Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-82981667645001187242016-03-28T21:57:00.000-03:002016-03-28T21:57:12.145-03:00Como desestabilizar uma nação<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/5Xgz0ieFyQk" width="560"></iframe>Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-35175220174053104462016-03-04T09:12:00.001-03:002016-03-04T09:12:35.499-03:00O golpe da Exxon, Chevron, BP e Shell<br />Atual crise econômica mundial é resultado de manobra política criada por gigantes petrolíferas norte-americanas, afirma Caleb Maupin<br /><br />O jornalista e analista político norte-americano Caleb Maupin trouxe à tona o controle mundial que as quatro grandes empresas petrolíferas dos Estados Unidos, Exxon Mobil, Chevron, British Petroleum (BP) e Royal Dutch Shell exercem na economia mundial<br /><br />Durante sua palestra no II Congresso da Central de Sindicatos Brasileiros, Caleb Maupin indagou: “Quem são as pessoas mais ricas do mundo? Muitos vão responder Bill Gates, algum sultão ou príncipe saudita ou talvez alguém cite algum novo rico que está na lista das 100 pessoas mais ricas do mundo da revista Forbes. Mas tudo isso é bobagem. Se compararmos essas pessoas com quem realmente detém o poder, elas são consideradas pobres; são tão pobres que possuem toda a fortuna em seu nome. Aqueles que têm o maior poder de riqueza detêm uma riqueza tão astronômica que muitas vezes seu valor líquido sequer pode ser calculado. As pessoas mais ricas do mundo podem ser descritas em duas palavras: banqueiros do petróleo. Rockefellers e DuPonts são dinastias que estão no centro de uma pequena rede de influência enraizada, dominando as economias dos Estados Unidos da América, da Europa Ocidental, Arábia Saudita e da maior parte do mundo”, afirmou.<br /><br />“Para se entender as dimensões da influência das quatro gigantes do petróleo, podemos citar que o terreno onde foi construída a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) foi doado pelos Rockefellers, proprietários da Exxon Mobil, que também têm participação nos poços de petróleo da Arábia Saudita. A JP Morgans, empresa que possui participação da mesma família, possui cerca de seis mil contratos com o Pentágono”, contou Maupin, que participou do planejamento do Occupy Wall Street, movimento de protesto contra a desigualdade econômica e social, a ganância, a corrupção e a influência do setor financeiro.<br /><br />O analista elucidou que, diante do panorama político atual, não se pode separar a política externa norte-americana das grandes companhias de petróleo.<br /><br />“Basta observarmos quais os países foram os principais inimigos dos Estados Unidos nas últimas guerras. Todas as nações que entraram em guerra com os EUA eram grandes exportadores de petróleo no mundo. Eles acabaram temporariamente com a produção de petróleo desses países. Esse é o processo que os Estados Unidos da América usam para desenhar a geopolítica e dominar a economia mundial”, recordou.<br /><br />Crise do petróleo<br /><br />Com as guerras nos países exploradores de petróleo, o preço do barril subiu no início dos anos 2000 e gerou grande lucro para as quatro gigantes do petróleo.<br /><br />Para Maupin, “essas ações criaram problemas para essas companhias”.<br /><br />O jornalista relembra que, “em 2003, Hugo Chávez assumiu o governo da Venezuela e estatizou as petroleiras, repassando o lucro do petróleo para a educação e saúde. Na Rússia, Vladimir Putin assumiu o poder e colocou a economia do país nos eixos, e voltou a exportar petróleo e gás. Por sua vez, as pequenas empresas exploradoras do combustível fóssil também cresceram. Neste período, a Petrobrás cresceu mais que a Microsoft e se tornou uma das três grandes empresas do petróleo; tornou-se a base da independência econômica. Tudo isso passou a ameaçar e incomodar a hegemonia das gigantes do petróleo”.<br /><br />Sobre a estatal brasileira, o jornalista alertou os dirigentes da CSB para os riscos no Brasil.<br /><br />“Eu vou dizer isso como uma pessoa que observa a economia do mundo, e não como norte-americano. Eu, humildemente, peço a vocês que não desistam da Petrobrás. Não deixem os Rockefellers e DuPonts dominarem o Brasil. Preservem a República e os seus recursos naturais. As forças do mal por trás do capitalismo e do neoliberalismo não têm lealdade, eles não têm um lado ou um deus, eles apenas cultuam seus próprios lucros e obedientemente seguem as teorias malucas do Adam Smith”, disse o palestrante.<br /><br />Maupin explica que a atual baixa de preços do petróleo foi estimulada por uma manobra da Arábia Saudita para prejudicar as economias da Rússia, Irã, Venezuela e dos chamados “nanicos do petróleo”, que são companhias de pequeno porte exploradoras de petróleo, as quais, em sua maioria, são comandadas pelos irmãos Koch, oposição declarada aos Rockefellers.<br /><br />Maupin classificou esta manobra saudita como “esquema Walmart”.<br /><br />“O Walmart chega a uma nova cidade, baixa seus preços, quebra todo o comércio local, livrando-se da concorrência. Depois eles sobem seus preços de novo. E é isso o que a Arábia Saudita, com o apoio dos EUA, está fazendo em escala global. Por razões extremamente egoístas, os Rockefellers estão brincando com fogo e queimando toda a economia global. A crise criada com a baixa dos valores dos barris de petróleo tem afetado o mundo inteiro, o preço de todas as commodities está caindo no mundo. Os Estados Unidos e muitos países estão enfrentando uma crise econômica como consequência”, sentenciou.<br /><br />Para o jornalista, a solução para este cenário está nas sociedades.<br /><br />Segundo Maupin, quando o povo dá as mãos e luta por sua economia, o mundo muda. “É assim que a vida das pessoas melhora. Para um país se tornar uma superpotência, não precisa de marxismo ou stalinismo, mas precisa que as lideranças amem sua pátria, e não os banqueiros do petróleo. Vida longa à CSB, vida longa à Petrobrás. Viva o poder do povo”, concluiu Caleb Maupin.<br /><div>
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Fonte:<a href="http://www.viomundo.com.br/denuncias/caleb-maupin-o-golpe-da-exxon-chevron-bp-e-shell.html"> viomundo.com</a></div>
Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-27864202668742663972016-02-01T14:09:00.000-02:002016-02-01T14:09:09.365-02:00Oração Natal 2015Obrigado por mais uma noite de Natal com todas aqui reunidos.<br />
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Não podemos deixar de lembrar que nesta data comemoramos o nascimento de Jesus, que veio nos mostras seu exemplo de amor, paciência e caridade; para a humanidade que ainda caminha com pouca prática nestes gestos tão importantes para o coletivo.<br />
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Não vamos desistir, vamos fazer o melhor que podemos, em nosso dia a dia, levando muito amor para todos que estão em nossa volta, seja família, seja amigos, seja um desconhecido. Fazendo nossa parte, e aos poucos toda a humanidade vai caminhando para evolução.<br />
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Agradecemos todos nossos ancestrais aqui presentes, pela oportunidade de estarmos aqui com este nível de conhecimento que herdamos, que facilita muito para evolução de nossa família.<br />
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Agradecemos também pela oportunidade de cresce-la com nossos pequenos amados.<br />
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Lembrem-se sempre: Amor, Caridade e Caridade é a base fundamental para o nosso crescimento.<br />
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Pratiquem sem descanso.<br />
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Um feliz Natal para todos e que 2016 seja repleto de alegrias.Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-23140598834815371772015-12-21T13:46:00.002-02:002015-12-21T13:46:51.533-02:00Observar e Absorver <iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="415" src="https://www.youtube.com/embed/1T7mVav5pLM" width="660"></iframe>Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-60076934402061047782015-12-21T13:17:00.000-02:002015-12-21T13:17:37.609-02:00A Vale da morte: Uma tragédia que poderá ficar impune!<img alt="tsunami.jpeg" height="425" src="http://farm1.staticflickr.com/744/23519070529_ccc42d2d55_b.jpg" width="640" /><br /><br />Por João Pedro Stedile<br />Da Caros Amigos<br /><br /><br />O rompimento das barragens de depósito de lixo tóxico da empresa VALE, nas localidades de Fundão e Santarém, no município de Mariana, produziu o maior desastre ambiental da história do Brasil e quiçá comparado aos maiores do mundo.<br /><br /><br />Suas consequências ainda são imensuráveis. Muitos mortos. Segundo os moradores dos dois distritos soterrados, Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, na sua contagem há mais de cem parentes desaparecidos. Ao contrário dos anúncios das estatísticas “oficiais” calculadas pela empresa que seriam 29. Milhares de pessoas perderam suas casas e fonte de trabalho.<br /><br /><br />O Rio Doce foi assassinado ao longo do trajecto de mais de 700 quilómetros, entre Mariana e sua foz, no Espírito Santo. Milhares de hectares agricultáveis estão inutilizados. Toda vida aquática do rio morreu. Milhares de pessoas foram prejudicadas pela falta de água potável. Ninguém pode calcular as consequências para vida marinha, com essas toneladas de lixo toxico no mar, eternamente!<br /><br /><br />Ninguém sabe quantos anos a natureza levará para recuperar essa biodiversidade ao longo da região do Rio Doce. A população não sabe que existem outras 48 barragens de mineradoras que podem ter o mesmo destino. Não sabe de que seria possível utilizar outras técnicas de protecção e de lixo tóxico, porém como a empresa busca lucro máximo, coloca o risco nas costas da população.<br /><br /><br />Apesar de tanto sacrifício humano e da vida na natureza, a imprensa burguesa se esforça para esconder seus verdadeiros culpados: a empresa VALE. Não é difícil para uma das maiores mineradoras do mundo utilizar sua assessoria de comunicação que tem mais de 200 jornalistas pagos para protegê-la. Usar as dezenas de deputados e políticos eleitos com seu financiamento. E usar suas influências no poder judiciário e nas igrejas para ocultar sua responsabilidade.<br /><br /><br />Quem, afinal vai arbitrar as indemnizações às famílias que foram atingidas directamente e a toda população da região? Quem vai determinar as multas por matar toda biodiversidade, numa das maiores bacias hidrográficas do país?<br /><br /><br />Até agora, o Ministério Publico, o poder judiciário e a comissão de parlamentares apenas quiseram aparecer na imprensa. E o governo federal se comportou como parceiro envergonhado da empresa. E outros políticos deram entrevistas na sede da empresa. Para denunciá-la ou protegê-la?<br /><br /><br />É hora da sociedade brasileira conhecer todos os desmandos da empresa VALE. Saber das dezenas de mortos provocados pela irresponsabilidade dos seus trens, carregando minério pro exterior. Saber que desde sua privatização em 96, e da lei Kandir de 95, no governo Cardoso, a maioria de seus accionistas são norte-americanos, e ela nunca mais pagou imposto de exportação sobre os mais de cem bilhões de toneladas de ferro, tomadas do povo e levadas pro exterior. Seus bilhões de dólares de lucro foram distribuídos entre seus accionistas. Nem o governo se beneficiou e muito menos o povo brasileiro. Graças à irresponsabilidade do governo FHC, as reservas de minério de ferro do Brasil, que são as maiores do mundo, foram roubadas e entregues a uma empresa agora sob controlo do capital estrangeiro, e de alguns oportunistas brasileiros.<br /><br /><br />Se tivéssemos um governo mais comprometido, o presidente da empresa já estaria preso. (Lembram-se da prisão do presidente da Petrobras como responsável da tragédia de Cubatão, São Paulo? Conseguiu habeas corpus e por ser de origem nipónica vive até hoje no Japão para fugir da cadeia).<br /><br /><br />Se tivéssemos um judiciário mais comprometido com o povo, o processo no tribunal federal de Brasília, que anulou o leilão da VALE, e por tanto, restituiria a empresa à condição de estatal, já estaria cumprido, e não seguiria nas gavetas protelatórias…destino de todos os julgamentos que afectam interesses do capital.<br /><br /><br />Esperamos que a população da região se organize, realize assembleias populares, construa uma pauta de reivindicações possa minorar os custos sociais e do meio ambiente e eleja seus verdadeiros representantes para negociar com força das massas frente aos interesses da VALE.<br /><br /><br />Santa paciência! Algum dia, nosso povo precisa se levantar contra tantas tragédias provocadas e contra tantos irresponsáveis que só actuam em favor do lucro máximo, para uma minoria, em detrimento dos interesses de toda a sociedade.Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-54751994505181590612015-12-03T21:12:00.000-02:002015-12-03T21:12:32.744-02:00Porque Syria ? <br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="415" src="https://www.youtube.com/embed/qjJtcesIXQE" width="760"></iframe>Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-24046087947633346192015-12-03T20:47:00.000-02:002015-12-03T20:47:14.762-02:00Educação enlatada - MéxicoEm respeito aos professores e alunos das escolas da rede estadual de São Paulo, postamos novamente esse maravilhoso documentário sobre o que aconteceu com o México com uma partido neoliberal, muito similar ao partido do atual governador paulista.<br /><br /><br /><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="415" src="https://www.youtube.com/embed/CbnTYsTlbDc" width="790"></iframe><div>
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Pulicado em 10 de Agosto de 2009:<br /></div>
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Um documentário que todos os professores do mundo deveriam ver.<br /><br />"Grain of sand" fala sobre a luta dos professores de Oaxaca no México, país governado há mais de 70 anos pelo PRI, famoso pela corrupção e alinhamento aos interesses dos EUA . O filme trata de como a destruição da educação é um projeto articulado a partir de diretrizes internacionais.<br /><br /><br />Há poucos anos, alunos, pais e professores fizeram passeatas contra a privatização das escolas técnicas, exigência do Banco Mundial e FMI. O Governo respondeu fechando-as de imediato. Quando os professores e alunos ocuparam estas escolas, foram presos e torturados em prisões de segurança máxima. Centenas de professores eforam mortos ou desaparecidos no país.<br /><br /><br />As políticas implementadas na educação mexicana são as mesmas que muitas vezes vemos travestidas de “modernas” em muitos Estados do Brasil. O filme proporciona excelentes discussões sobre o que representa a educação na sociedade capitalista neoliberal. O baixo nível das escolas para a população não é um produto da incompetência, mas sim da conivência para formar um geração de semi-escravos, de mão-de-obra barata.<br />Nas palavras de Eduardo Galeano, “Este é um sistema que arrebenta tudo o que toca: destrói em pedaços; e que nos ensina que se vive para TER e que se vive para trabalhar, em vez de viver para SER”<br />(Comentários originais: docverdade)</div>
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Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-88848152681341831822015-11-11T13:20:00.001-02:002015-11-11T13:20:33.920-02:00Para ambientalista, condomínio na Fonte Sônia prejudica o Atibaia e nascentes da Serra dos Cocais<br class="Apple-interchange-newline" />O Conselho Municipal do Meio Ambiente realiza hoje, as 18hs, na Prefeitura de Valinhos, uma reunião para apresentação do Estudo Preliminar do Empreendimento Residencial Quinta das Águas (Loteamento Fonte Sônia).<br />
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O ambientalista e dirigente da Associação Amigos da Serra dos Cocais, Dalmace Capell Neto, alerta que a reunião é aberta ao público e deverá estar presente para acompanhar o desdobramento desta questão que vem causando grande preocupação junto à população valinhense.<br />
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Com exclusividade para o Pé de Figo, Dalmace emitiu a seguinte nota:<br />
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Lendo as matérias sobre as contrapartidas do loteamento da Fonte Sonia parece que será um excelente projeto, porém em nenhuma delas estão contando o preço que teremos que pagar com este empreendimento.<br />
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Serão mais de 1.200 lotes impermeabilizando o topo da Serra dos Cocais, o loteamento fica em cima de duas barragens de abastecimento de água da cidade de Valinhos, com certeza o impacto na produção de água será grande, aliás, água que está em falta.<br />
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“O loteamento é péssimo para a saúde do rio Atibaia, além de consumir mais água, vai prejudicar as nascentes que são sub-bacia de recarga deste já limitado rio.”<br />
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É uma péssima troca para Valinhos, trocar água limpa e barata da Serra dos Cocais, por água suja, quase um esgoto do Atibaia, com custo elevado para o tratamento. Quem vai pagar este custo é a população.<br />
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Concordo que a Fonte Sonia tem que ser o que sempre foi, um parque – hotel, voltado totalmente para o turismo. A prefeitura de Valinhos é capaz de fomentar os investidores para um grande projeto turístico ecológico para a região, sem a necessidade de mais urbanização em massa para viabilizar este projeto.<br />
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Fonte: <a href="http://pedefigo.com/para-ambientalista-condominio-na-fonte-sonia-prejudica-o-atibaia-enascentes-da-serra-dos-cocais/">pedefigo.com</a></div>
Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-41870072556217141482015-11-10T20:42:00.002-02:002015-11-10T20:42:32.438-02:00Na RMC 2,7 milhões de pessoas vivem sob ameaça da falta de água<br /><br />Na RMC 2,7 milhões de pessoas vivem sob ameaça da falta de água<br /><br />O Fundo Nacional do Meio Ambiente lançou o Edital FNMA 01/2015 – Recuperação de Áreas de Preservação Permanente para a Produção de Água, em 22 de setembro de 2015. O edital tem como o objetivo promover a seleção de propostas que receberão recursos financeiros, não reembolsáveis, para realização de ações de recuperação florestal em áreas de preservação permanente localizadas em bacias hidrográficas cujos mananciais de superfície contribuem direta ou indiretamente para o abastecimento de reservatórios de regiões metropolitanas com alto índice de criticidade hídrica.<br /><br />Os recursos do edital, no valor total de R$ 45 milhões, resultam da parceria entre o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério da Justiça e a Caixa Econômica Federal, por intermédio de seus órgãos de fomento e de apoio à gestão dos recursos hídricos no país.<br /><br />A região de Campinas está contemplada no edital do Fundo Nacional do Meio Ambiente, configurada pelo bioma da Mata Atlântica e classificada como,região cujos municípios têm baixa garantia hídrica, numa proporção que afeta 76% dos seus moradores.<br /><br />Serra dos Cocais<br /><br />Para o ambientalista Dalmace Capell Neto, da Associação Amigos Serra dos Cocais,“mesmo com a grave crise hídrica que estamos atravessando, os esforços das autoridades se concentram em construção de barragens e tratamento de água, pouco se ouve falar em recuperação e preservação de mananciais. Por isso, esta é uma excelente iniciativa do FNMA, ao disponibilizar grande volume de recursos para projetos de recuperação de nascentes e cursos d’água, com o objetivo de aumentar a disponibilidade hídrica para abastecimento público.<br /><br /><br />“Em Valinhos, a Serra dos Cocais é uma importante região produtora de água para a Grande Campinas. Porém, desde a época das fazendas de café, a Serra foi muito degradada e até hoje não recuperada, está abandonada, favorecendo a pressão imobiliária para sua urbanização.” (DalmaceCapell Neto)<br /><br />A Prefeitura de Valinhos deveria aproveitar esta oportunidade para incluir um projeto de promoção do reflorestamento da Serra dos Cocais e preservar a área para garantir o abastecimento de Valinhos, que desde 2012 apresenta uma demanda de água maior que a quantidade ofertada aos seus habitantes, completa Dalmace.Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-43731146514782302742015-10-21T14:05:00.000-02:002015-10-21T14:05:02.326-02:00Somos grandes, quando somos pequenos. " Não é necessário melhorar a aparência, adquirir muita cultura, aumentar o salto do sapato, levantar mais o nariz. Precisamos diminuir o barulho, caminhar mais devagar, prestar atenção em quem chega, abaixar a cabeça e colocar a humildade pra funcionar. Somos grandes, quando somos pequenos. "Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-89752987468503975962015-10-21T13:46:00.002-02:002015-10-21T13:46:28.275-02:00Finlândia vai testar sistema em que trabalhar é uma escolha<br /><div style="text-align: center;">
<img src="http://www.brasil.rfi.fr/sites/brasil.filesrfi/dynimagecache/0/324/1200/896/344/257/sites/images.rfi.fr/files/aef_image/Aleksanterinkatu_Helsinki_summer%281%29.jpg" /></div>
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Maioria dos finlandeses apoiam a proposta de renda única universal.<br />wikipédia<br /><div>
<a href="http://www.brasil.rfi.fr/auteur/lucia-muezell">Lúcia Müzell</a><br /><br />Se você ganhasse uma renda mínima sem nenhuma contrapartida, ficaria em casa assistindo televisão ou continuaria acordando cedo para ir trabalhar? A Finlândia está disposta a testar a resposta dos seus cidadãos. No ano que vem, o país deve fazer a experiência da renda universal mínima para toda a população, independente da situação social ou da idade.<br /><br /><br />A ideia é substituir todas as ajudas financeiras sociais dadas pelo governo por apenas uma, de um valor fixo e igual para todos. O principal objetivo é lutar contra a pobreza – em algumas regiões do país, o desemprego chega à casa de 20% da população ativa.<br /><br />Em segundo lugar, a meta é, curiosamente, diminuir os gastos em programas sociais. Unificando as prestações, a Finlândia espera aperfeiçoar o serviço e reduzir o número de funcionários dedicados a este setor da administração pública.<br /><br />O economista Marc de Basquiat, autor de uma tese sobre o assunto na França, adverte que o projeto de oferecer apenas uma ajuda financeira para os cidadãos é uma ilusão - pelo menos nos países europeus, onde a preocupação social é um valor.<br /><br />“Não se pode pensar que, ao adotar uma renda de base, todas as outras ajudas sociais cessariam. Não é verdade. Os complementos para habitação, por exemplo, continuariam. Da mesma forma, aqueles que contribuíram a vida inteira para aposentadoria vão ter direito a uma renda a mais na velhice”, afirma. “Ou seja, vão continuar existindo ajudas a mais, separadas.”<br /><br />Definição sobre o valor adequado é essencial<br /><br />O especialista ressalta que, para dar certo, a experiência deve adotar um valor nem muito elevado, sob o risco de desestimular as pessoas a trabalhar, mas nem baixo demais, que seria ineficaz para tirar os mais carentes da pobreza. Para de Basquiat, a premissa de que o número de desocupados explodiria não passa de um clichê.<br /><br />“Sempre existiram e sempre existirão pessoas que escolhem viver de uma maneira frugal, com muito pouco dinheiro, e são felizes assim. Não há muitos estudos científicos sobre quantas pessoas se enquadram neste caso”, indica. “Mas as pesquisas já feitas na França, nos Estados Unidos ou no Canadá mostraram que o número daqueles que param completamente de trabalhar é muito marginal. É preciso acabar com a fantasia em torno desse assunto: em regra geral, as pessoas querem se integrar na sociedade e, para isso, elas exercem uma atividade.”<br /><br />Segundo os especialistas, a renda mínima ideal em um país como a França seria em torno de € 460 (R$ 2.033). O governo da Finlândia avalia adotar um valor entre € 400 (R$ 1.768) e €700 (R$ 3.095). A medida conta com um amplo apoio da população: nas pesquisas mais recentes, 80% dos finlandeses se mostraram favoráveis à iniciativa.<br /><br />Movimento na Europa<br /><br />Em toda a Europa, políticos, intelectuais e associações militam por uma renda mínima universal, com o argumento de que liberaria os trabalhadores para fazerem aquilo que realmente gostam. Por trás de justificativas econômicas e sociais, também está uma mudança de concepção sobre quanto, afinal, vale o trabalho, nos moldes conhecidos atualmente.<br /><br />“O objetivo é dar escolhas para as pessoas, sobre como elas vão trabalhar. Se elas querem trabalhar em tempo integral, em meio período, ou mudar para um trabalho que faça, de fato, sentido para elas”, explica Nicole Teke, coordenadora internacional do Movimento Francês por uma Renda de Base (MFRB). ”O mais difícil é mudar a mentalidade das pessoas sobre esse assunto, fazer com que elas percebam que o trabalho pode ter um outro valor. É mais uma questão de mentalidade do que de economia.” </div>
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Fonte: <a href="http://www.brasil.rfi.fr/economia/20151020-finlandia-vai-testar-sistema-em-que-trabalhar-e-uma-escolha">http://www.brasil.rfi.fr/</a></div>
Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-17233047186207087752015-09-18T09:10:00.003-03:002015-09-18T09:11:39.681-03:00BANQUEIROS CAPTURARAM O ESTADO BRASILEIROAté hoje nada foi feito. <br /><br />publicado em 11 de agosto de 2013 às 17:13<br /><br />Portal Vi o Mundo (Luiz Carlos Azenha)<br /><br /><a href="http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/08/Captura-de-Tela-2013-08-10-%C3%A0s-17.03.35.png"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhm6xIEn7bLpflXprKWSgU5szrhNMtJJ9scmQHuHF2ISPW4HFvyI5lzvWc1WAo-TSzTOfm3M5SUn_Sy3Lvtl285Go0mpvtLw3N_Y7tU-9Id-XyH0bTc5UOV1WJuVNZ2F4MHVoIicbyeuEeL8-iAC7R8DcjzFsVWfIvOw2y69HBfcvCeF7BuV2rE-GmwNl2tbgoJuMKVqnQgYJYjhyphenhyphenltzDRIwGVwU_QAFVtRZ_Z91GmxH4tu4-s=" /></a><br /><br /><br />por Luiz Carlos Azenha<br /><br /><br />O documento acima é oficialíssimo. <a href="http://www8a.senado.gov.br/dwweb/abreDoc.html?docId=1007801">Está nas páginas do Senado brasileiro</a>. Leia a linha de número dois, sob Pago:<br /><br /><br />R$ 134 bilhões, 53 milhões, 618 mil e 451 reais.<br /><br /><br />É quanto você pagou em juros da dívida brasileira em 2012, segundo o governo (mas há controvérsias, sobre as quais você vai saber abaixo).<br /><br /><br />Agora leia a linha de número seis, sob Pago:<br /><br /><br />R$ 618 bilhões, 888 milhões, 549 mil e 837 reais.<br /><br /><br />É quanto você pagou em amortização/refinanciamento da dívida em 2012.<br /><br /><br />Uma enormidade, não?<br /><br /><br />Pois Maria Lúcia Fatorelli acredita que, se houvesse uma auditoria, o valor devido poderia ter uma redução de até 70%.<br /><br /><br />Por que? A ex-auditora da Receita Federal está certa de que existem ilegalidades e irregularidades nas cobranças da dívida brasileira.<br /><br /><br />Para benefício dos banqueiros e prejuízo dos contribuintes.<br /><br /><br />Escrevo “contribuintes” porque a dívida é paga com dinheiro de nossos impostos. Tudo o que o Tesouro brasileiro faz é pendurar a conta em nosso nome: “procura o gerente” e entrega uma montanha de papéis assumindo que “devo, não nego, pago quando puder”. Com juros, muitos juros, razão de viver dos bancos.<br /><br /><br />Aqui, uma pausa importante: a mídia corporativa não tenta explicar tudo o que você vai ler e ouvir abaixo aos leitores, ouvintes e telespectadores. Por que? Porque os bancos são grandes patrocinadores. Por outro lado, mesmo os governos não gostam de falar do assunto. Quanto mais transparência, menor margem de manobra para os acertos de bastidores. Por isso, em geral os governos fazem de conta que o assunto é muito árduo, muito difícil de entender e que você não precisa se preocupar com isso. Ou seja, deve pagar a ficar quieto.<br /><br /><br />Mas, voltemos ao que interessa…<br /><br /><br />O poder dos banqueiros sempre foi imenso. Eles definem as regras nas duas pontas: desde as condições de emissão dos papéis em que prometemos pagar até as regras da cobrança.<br /><br /><br />Faturam com as comissões sobre as transações e com os juros. Juros altos interessam aos banqueiros. Quanto maiores, mais eles recebem emprestando ao governo.<br /><br /><br />E os cidadãos? Pagam a conta através dos impostos e ficam sem os serviços públicos que o dinheiro dado aos banqueiros poderia financiar. Sem o Metrô, os hospitais e as creches que o dinheiro gasto em juros poderia financiar.<br /><br /><br />Sob o peso da dívida — grosseiramente, R$ 3 trilhões em dívida interna e U$ 400 bilhões em dívida externa — o governo privatiza. Aliás, “concede”. Entrega parte da soberania.<br /><br /><br />Entrega à iniciativa privada — cujo objetivo principal, como o dos banqueiros, é o lucro — algo que poderia fazer, possivelmente mais barato, com recursos públicos, se o dinheiro não fosse usado para pagar ou rolar a dívida e os juros.<br /><br /><br />Concede portos e aeroportos. Facilita o acesso a recursos naturais. Em outras palavras, entrega o ouro.<br /><br /><br />Maria Lucia Fatorelli é coordenadora da <a href="http://www.auditoriacidada.org.br/">Auditoria Cidadã da Dívida</a>, uma entidade que batalha para que o Brasil faça o mesmo que o Equador fez, em 2007 e 2008. Aliás, uma experiência sobre a qual Maria Lucia pode falar de cátedra. Ela foi convidada pelo presidente equatoriano Rafael Correa a fazer parte da CAIC, a Comissão de Auditoria Integral da Dívida Pública.<br /><br /><br />Resultado final? Boa parte da dívida equatoriana era ilegal. Não havia provas, por exemplo, de que o governo tinha de fato recebido os empréstimos pelos quais estava pagando. Ao fim e ao cabo, o presidente Correia reconheceu apenas 30% da dívida. Curiosamente, 95% dos bancos credores do Equador aceitaram fazer acordo com o governo e renunciaram a qualquer ação nos tribunais internacionais.<br /><br /><br />O Brasil tem hoje uma dívida externa de cerca de U$ 440 bilhões. Uma fatia razoável é de empresas privadas, que tomam dinheiro no Exterior. Mas Maria Lucia está certa de que a fatia pública desta dívida externa, em caso de auditoria, teria um cancelamento tão grande quanto a do Equador, dado que condições similares foram aplicadas ao mesmo tempo nos dois paises por banqueiros internacionais e que, em 1992, parte da dívida dos dois países prescreveu.<br /><br /><br />Prescreveu? Prescreveu e continuamos pagando?<br /><br /><br />Para entender melhor, ouça o trecho da entrevista em que Maria Lucia fala a respeito de seu trabalho no Equador:<br /><br /><br />Durante a gravação Maria Lucia fez duas promessas.<br /><br /><br />Primeiro, nomear os bancos norte-americanos que, através do Banco Central dos Estados Unidos, o Fed, controlam a taxa de juros que nos é cobrada na dívida externa, a Prime: Citibank, Chase Manhattan, Goldman Sachs, JP Morgan e Bank of America, entre outros. Já a Associação dos Banqueiros de Londres tem peso decisivo na definição da Libor, outra taxa importante no mercado.<br /><br /><br />A auditora também prometeu o gráfico abaixo:<br /><br /><br /><a href="http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/08/Captura-de-Tela-2013-08-11-%C3%A0s-13.03.02.png"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEgYTzJgObY02m1WepCsTdniXtFmh1TvFDWdRhMIT1PAAntNxlOWSveed1dhu1RDzHeuj5L-Dcm5e5RTKuIhJAku7neRDXSDGWybpcC-eFir79MlTDE59h2yVUd_FExpthYHt0w6DTiunv_CXJZbPL__QwuuVjJ-t6hPvJG33hfiLgXvhtwtTaZ36mgz3flQxI15iDngPiHc3X9C8ysOuD9KRXzKifBaj_wlFzgSxqNUXZNaOp4=" /></a><br /><br /><br />A coluna azul é dos gastos sociais no Equador. A coluna vermelha é a do serviço da dívida pública. Notem como ela foi invertida nos últimos anos. É óbvio, mas não custa reafirmar: menos dinheiro pagando juros é mais dinheiro disponível para gastos sociais e investimento em infraestrutura.<br /><br /><br />Maria Lucia acha factível o Brasil fazer o mesmo que o Equador: “Se o Brasil toma uma iniciativa dessas, ele encoraja outros paises a enfrentar o esquema”. O “esquema” a que ela se refere é o sistema pelo qual os banqueiros passaram a capturar fundos públicos para turbinar seu poder no mundo.<br /><br /><br />No trecho seguinte da entrevista, ela explica que a origem da dívida interna brasileira, de quase R$ 3 trilhões, se deu no Plano Real, quando para combater a inflação o governo de FHC disparou a taxa de juros para atrair dinheiro de fora.<br /><br /><br />Desde então, acusa Maria Lucia, o Tesouro brasileiro comete ilegalidade ao emitir dívida para pagar juros, o que segundo ela é inconstitucional:<br /><br /><br />Maria Lucia Fatorelli também teve participação importante na Comissão Parlamentar de Inquérito da dívida, realizada no Congresso (<a href="http://www.auditoriacidada.org.br/clique-aqui-para-saber-como-foi-a-cpi-da-divida/">veja todos os detalhes aqui</a>), que gerou denúncias enviadas ao Ministério Público Federal.<br /><br /><br />Na CPI, algumas informações importantes foram levantadas.<br /><br /><br />Por exemplo: quem são os detentores dos títulos da dívida?<br /><br /><br />“Pessoa física mesmo quase não aparece no gráfico”, diz ela.<br /><br /><br />Mais da metade da dívida está nas mãos dos banqueiros.<br /><br /><br />Ou seja, numa ponta eles incentivam o governo a gerar dívida e faturam comissões vendendo a dívida; noutra, faturam com os juros da dívida. Que bom negócio!!!<br /><br /><br /><a href="http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/08/Captura-de-Tela-2013-08-11-%C3%A0s-13.39.57.png"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEj7A6jS7K2CJRFKaFzRZMF6Dyp97eIHD6HNrYyz9ds92yMktcqwPK0myz-LyvvvaOX3ULZQ5TfyAO9YIf0ecuH_-ZYmptbarlDiDTKwQ2mz6WmcEtE_2v7TOmdaGIPxX-DFd6__JJS-wyj3SucS23pvyh_cRX0kkThGopRBpIEr3pbu7RkQsG2Ww-RXkse_70SBuowpV4ZsFaWwAr8W1WEULPaz5ns=" /></a><br /><br /><br />Outro detalhe impressionante diz respeito ao arranjo que existe para a venda dos títulos brasileiros.<br /><br /><br />“O Tesouro, quando emite os títulos, somente um grupo privilegiado de doze instituições financeiras pode comprar esses títulos. Se eu, você, qualquer brasileiro quiser nós vamos ter de comprar através de uma corretora, de um intermediário”, conta Maria Lucia.<br /><br /><br />São os chamados “dealers”.<br /><br /><br />“Olha como o jogo funciona. O Tesouro emite. Se os juros não estão no patamar que eles querem, eles não compram. Por isso é que são os ‘dealers’, eles é que mandam. Antes, eles já se reúnem e já repartem, de tal forma que apenas um, no máximo dois vão participar de cada leilão, para não ter concorrência! Tudo muito bem repartido. É um esquema que a gente, quando descobre essas coisas… não é possível que a finança do País tá desse jeito!”<br /><br /><br /><a href="http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/08/Captura-de-Tela-2013-08-11-%C3%A0s-13.40.41.png"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjq1T_hPNN1Z1cEkMXxzOE0jrDdVFnIJL31z6uNeq8uTDtM6B04IW-UvQbVPQYGllqHDt9tAliams0YXiHpenrCasMm-BCAY1w2u-RwI3Fsf_0wwass1FTLl9wA0yU7GkfgNeX7Ru_q-qO8TVMKGunKgK7nYgzNWV3THvUD9p9L5JXhmpaatzXUxM_YHti9YclNnQEmeSqyYr4529X0ILsTBIWjJTGsmz-B5FY4TZIy0bhOdeQ=" /></a><br /><br /><br />A lista acima é a dos “dealers” a que se referiu Maria Lucia.<br /><br /><br />E como é definida a taxa Selic, a principal taxa de juros do Brasil? Antes da trigésima sexta reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, houve uma consulta a “analistas independentes”.<br /><br /><br />Você que está nos lendo e paga a conta, foi consultado?<br /><br /><br />Ah, lógico que não.<br /><br /><br />Veja quem o BC ouviu, segundo Maria Lucia:<br /><br /><br /><a href="http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/08/Captura-de-Tela-2013-08-11-%C3%A0s-14.03.11.png"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEiLFk5Poau0o5dhWHfx-2WgAgMySF-1uvIHR-gBo2Hat-yUZM-iuBmyeIJ7gJdthie-pMZ09iJj0TGx4Xq2Dyt2FqPF_EXqJvYwD9vThxZrQtb7kgKkr_uhy4brJ8glVc3Ri3rm5Y7CE9U19HtXnYlJkCgldPG81VjdPd9YI5gsa5xH2TcartsYhESp0HG3MB3vXdV2PXQIy4dswv6CDFeD-2RbkuzZNxtfiAEfg4L73Qh0Pg4=" /></a><br /><br /><br />Caraca!, exclamaria você. Os banqueiros estão em todas as pontas do negócio.<br /><br /><br />Participam da emissão da dívida, influem nas taxas de juros e recebem a taxa de juros sobre a qual influem!!!<br /><br /><br />Estes são os motivos pelos quais Maria Lucia Fatorelli acredita num grande abatimento da dívida brasileira em caso de auditoria: ilegalidades, conflito de interesses e tráfico de influência, como registrado acima.<br /><br /><br />Ela faz um resumo neste trecho da entrevista:<br /><br /><br />Maria Lucia Fatorelli suspeita que o governo federal esteja fazendo manobras contábeis ao lidar com a dívida e, no curso delas, viola o artigo 167 da Constituição, que não permite emissão de dívida para pagamento de juros.<br /><br /><br />A suspeita nasceu assim: na tabela que aparece logo abaixo, está dito na linha 2 que o Brasil pagou R$ 134 bilhões em juros da dívida em 2012. A taxa média de juros no ano passado, de acordo com o próprio Banco Central, foi de 11,72%.<br /><br /><br />Mas, aplicando a taxa ao estoque total da dívida interna e externa — cerca de R$ 3,4 trilhões no início de 2012 — o número deveria ser muito maior!<br /><br /><br />Nos cálculos de Maria Lucia, o total de juros pagos em 2012 deveria ter sido de R$ 398 bilhões.<br /><br /><br />E onde foi parar a diferença? O gato comeu R$ 264 bilhões em juros?<br /><br /><br />Na opinião da auditora, é a prova de que o governo emite títulos para pagar juros.<br /><br /><br />Com isso, parte substancial do pagamento de juros acaba na coluna “refinanciamento”.<br /><br /><br />Salta da linha 2 para a linha 6:<br /><br /><br /><a href="http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/08/Captura-de-Tela-2013-08-10-%C3%A0s-17.03.35-e1376233106282.png"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhm6xIEn7bLpflXprKWSgU5szrhNMtJJ9scmQHuHF2ISPW4HFvyI5lzvWc1WAo-TSzTOfm3M5SUn_Sy3Lvtl285Go0mpvtLw3N_Y7tU-9Id-XyH0bTc5UOV1WJuVNZ2F4MHVoIicbyeuEeL8-iAC7R8DcjzFsVWfIvOw2y69HBfcvCeF7BuV2rE-GmwNl2tbgoJuMKVqnQgYJYjhyphenhyphenltzDRIwGVwU_QAFVtRZ_Z91GmxH4tu4-s=" /></a><br /><br /><br />Maria Lucia Fatorelli insiste que isso contraria a Constituição.<br /><br /><br />“Fraude!”, insiste. No trecho da entrevista ela se refere à tabela acima:<br /><br /><br />Ao fim e ao cabo, segundo Maria Lucia, é o peso da dívida que acaba enfraquecendo o endividado Estado brasileiro.<br /><br /><br />Seria o motivo para as concessões de estradas, rodovias, portos e ferrovias anunciadas pelo governo Dilma.<br /><br /><br />Para fazer parecer que o problema não é tão grave quanto é, os cálculos do governo sobre a relação entre a dívida e o PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no Brasil, considera a chamada “dívida liquida”, ou seja, o governo desconta as reservas detidas pelo Brasil em dólares, de cerca de U$ 400 bilhões, da equação.<br /><br /><br />Da mesma forma, quando o governo calcula o pagamento de juros como parte do Orçamento, não inclui os juros que, segundo Maria Lucia Fatorelli, estão “embutidos” no refinanciamento da dívida.<br /><br /><br />Seriam truques para fazer parecer que o problema não é tão grave quanto é. Acabam mascarando o domínio dos banqueiros sobre o “sistema”.<br /><br /><br />É por isso que os dois gráficos abaixo, divulgados pela Auditoria da Dívida Cidadãna internet, causam tanta controvérsia. Os governistas acham que só deveriam ser considerados os R$ 134 bilhões oficialmente declarados como juros pagos em 2012, não R$ 753 bilhões que são a soma de juros + amortizações.<br /><br /><br /><a href="http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/08/Captura-de-Tela-2013-08-11-%C3%A0s-14.34.45.png"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEhvmbFmICnfzn9IlkcX9_WuNVv6XFAAfrrixjVF9RuGXdcCopHJN5iBLCwBQEaIFcP-WZLARrvUMcrWnpBDQEpOkd-8evGBe6JC_eV2OqA3QAXVZi8q3joDf81clUIq3TKqNMukcB9WkWZ5Eb_cLM__5WLeJHPbOD8VpNpgJ1P0RFSZY8nmjZ7Ny8_IPPgXBf4Fow8W9Vzh9D7TE66Ogsk2z3hNT4RN6YGeNpG9FC7dghEOmUQ=" /></a><br /><br /><br /><a href="http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/08/Captura-de-Tela-2013-08-11-%C3%A0s-14.35.00.png"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEg42orcMxMkyGyt8vwZtWzltgowNREiN94INDODj4bHFoWEvQtFlMXrRLCm8QdMZxNSOROY0mMRncJGSaJXm8NaJPSEYhSH5Yic0YjiGmSeCA6Sv5ViCzTZmHyJhepLcsQ012jmVz6cqq7dqh5pko5znjj8-Iw7C9i3yqquCk34o7qfp4xmSe2SR34oX4I1-dlnwrYJI8o4wmWfOiR-eM44nFyBHSL5VJKUI9rMJPxw05YwcOA=" /></a><br /><br /><br />Ao concluir nossa entrevista, Maria Lucia Fatorelli diz que o crescente grau de endividamento reduz a margem de manobra do governo e o empurra para as privatizações, agora “de estruturas de estado”, não apenas de empresas lucrativas, como aconteceu no período da privataria tucana. Outro ponto controverso, já que petistas insistem que concessões não equivalem à venda de patrimônio.<br /><br /><br /><a href="http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/08/conteudo3.png"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEghp3tHy17-yV23weD8fFCrRoWMtxXILkqtV9IRtB977zD4c4LcV89oFSc7DLuRTHG7Kw30WvMVo6MvOcS-e-f-JPRsHz5hKZA98ObMZ8s1jI0j8PDJNyJnpaXKrmgwyCuwEiDZf-y4ENBWtluMUog2CKNaOnqCJks_HizZwszcI4vPuw=" /></a><br /><br /><br /><a href="http://www.viomundo.com.br/faca-parte">[Produzir conteúdo próprio custa caro. Ajude-nos, assinando o Viomundo]</a><br /><br /><br />Maria Lucia opina que o Estado brasileiro hoje serve mais aos banqueiros que aos cidadãos que pagam a conta. Outra opinião capaz de causar um acalorado debate, mas desta vez na federação dos banqueiros, a Febraban, que costuma dizer que os bancos prestam um serviço público, sem admitir que fazem isso também às custas do dinheiro público.<br /><br /><br />Fonte: <a href="http://www.auditoriacidada.org.br/maria-lucia-fatorelli-banqueiros-capturaram-o-estado-brasileiro/">http://www.auditoriacidada.org.br</a>
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<br /><br />(O papa Francisco em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia. Foto: José Lirauze/ABI)<br /><br />Leia trechos do histórico discurso do Papa Francisco aos movimentos sociais na noite de quinta-feira 9 em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. No final do discurso de quase uma hora, o papa argentino pede que rezem por ele. Oxalá seja apenas força de expressão.<br /><br />LÓGICA DO LUCRO – “Reconhecemos que as coisas não andam bem num mundo onde há tantos camponeses sem terra, tantas famílias sem teto, tantos trabalhadores sem direitos, tantas pessoas feridas na sua dignidade? Reconhecemos que as coisas não andam bem, quando explodem tantas guerras sem sentido e a violência fratricida se apodera até dos nossos bairros? Reconhecemos que as coisas não andam bem, quando o solo, a água, o ar e todos os seres da Criação estão sob ameaça constante? Então digamos sem medo: precisamos e queremos uma mudança.<br /><br />Nas vossas cartas e nos nossos encontros, relataram-me as múltiplas exclusões e injustiças que sofrem em cada atividade laboral, em cada bairro, em cada território. São tantas e tão variadas como muitas e diferentes são as formas de enfrentá-las. Mas há um elo invisível que une cada uma destas exclusões: conseguimos reconhecê-lo? É que não se tratam de questões isoladas. Pergunto-me se somos capazes de reconhecer que estas realidades destrutivas correspondem a um sistema que se tornou global. Reconhecemos que este sistema impôs a lógica do lucro a todo o custo, sem pensar na exclusão social nem na destruição da natureza?<br /><br />Se é assim, insisto, digamos sem medo: queremos uma mudança, uma mudança real, uma mudança de estruturas. Este sistema é insuportável: não o suportam os camponeses, não o suportam os trabalhadores, não o suportam as comunidades, não o suportam os povos…. E nem sequer o suporta a Terra, a irmã Mãe Terra, como dizia são Francisco.”<br /><br />GLOBALIZAÇÃO DA ESPERANÇA – “Queremos uma mudança nas nossas vidas, nos nossos bairros, no vilarejo, na nossa realidade mais próxima; mas uma mudança que toque também o mundo inteiro, porque hoje a interdependência global requer respostas globais para os problemas locais. A globalização da esperança, que nasce dos povos e cresce entre os pobres, deve substituir esta globalização da exclusão e da indiferença.<br /><br />Hoje quero refletir convosco sobre a mudança que queremos e precisamos. Como sabem, recentemente escrevi sobre os problemas da mudança climática. Mas, desta vez, quero falar duma mudança noutro sentido. Uma mudança positiva, uma mudança que nos faça bem, uma mudança, pode-se dizer, redentora. Porque é dela que precisamos. Sei que buscais uma mudança e não apenas vós: nos diferentes encontros, nas várias viagens, verifiquei que há uma expectativa, uma busca forte, um anseio de mudança em todos os povos do mundo. Mesmo dentro da minoria cada vez mais reduzida que pensa sair beneficiada deste sistema, reina a insatisfação e sobretudo a tristeza. Muitos esperam uma mudança que os liberte desta tristeza individualista que escraviza.”<br /><br />DESTRUIÇÃO DA NATUREZA – “O tempo, irmãos e irmãs, o tempo parece exaurir-se; já não nos contentamos com lutar entre nós, mas chegamos até a assanhar-nos contra a nossa casa. Hoje, a comunidade científica aceita aquilo que os pobres já há muito denunciam: estão a produzir-se danos talvez irreversíveis no ecossistema. Está-se a castigar a terra, os povos e as pessoas de forma quase selvagem. E por trás de tanto sofrimento, tanta morte e destruição, sente-se o cheiro daquilo que Basílio de Cesareia chamava ‘o esterco do diabo': reina a ambição desenfreada de dinheiro. A atenção ao bem comum fica em segundo plano. Quando o capital se torna um ídolo e dirige as opções dos seres humanos, quando a avidez do dinheiro domina todo o sistema socioeconômico, arruína a sociedade, condena o homem, transforma-o em escravo, destrói a fraternidade entre os homens, faz lutar povo contra povo e até, como vemos, põe em risco esta nossa casa comum.<br /><br />Não quero alongar-me na descrição dos efeitos malignos desta ditadura sutil: vocês os conhecem! Mas também não basta assinalar as causas estruturais do drama social e ambiental contemporâneo. Sofremos de um certo excesso de diagnóstico, que às vezes nos leva a um pessimismo charlatão ou a rejubilar com o negativo. Ao ver a crônica negra de cada dia, pensamos que não haja nada que se possa fazer para além de cuidar de nós mesmos e do pequeno círculo da família e dos amigos.”<br /><br />O PAPEL DE CADA UM – “Que posso fazer eu, recolhedor de papelão, catador de lixo, limpador, reciclador, frente a tantos problemas, se mal ganho para comer? Que posso fazer eu, artesão, vendedor ambulante, carregador, trabalhador irregular, se não tenho sequer direitos laborais? Que posso fazer eu, camponesa, indígena, pescador que dificilmente consigo resistir à propagação das grandes corporações? Que posso fazer eu, a partir da minha comunidade, do meu barraco, da minha povoação, da minha favela, quando sou diariamente discriminado e marginalizado? Que pode fazer aquele estudante, aquele jovem, aquele militante, aquele missionário que atravessa as favelas e os paradeiros com o coração cheio de sonhos, mas quase sem nenhuma solução para os meus problemas? Muito! Podem fazer muito. Vós, os mais humildes, os explorados, os pobres e excluídos, podeis e fazeis muito. Atrevo-me a dizer que o futuro da humanidade está, em grande medida, nas vossas mãos, na vossa capacidade de vos organizar e promover alternativas criativas na busca diária dos “3 Ts” (trabalho, teto, terra), e também na vossa participação como protagonistas nos grandes processos de mudança nacionais, regionais e mundiais. Não se apequenem!<br /><br />Este apego ao bairro, à terra, ao território, à profissão, à corporação, este reconhecer-se no rosto do outro, esta proximidade no dia-a-dia, com as suas misérias e os seus heroísmos cotidianos, é o que permite realizar o mandamento do amor, não a partir de ideias ou conceitos, mas a partir do genuíno encontro entre pessoas, porque não se amam os conceitos nem as ideias; amam-se as pessoas. A entrega, a verdadeira entrega nasce do amor pelos homens e mulheres, crianças e idosos, vilarejos e comunidades… Rostos e nomes que enchem o coração. A partir destas sementes de esperança semeadas pacientemente nas periferias esquecidas do planeta, destes rebentos de ternura que lutam por subsistir na escuridão da exclusão, crescerão grandes árvores, surgirão bosques densos de esperança para oxigenar este mundo.<br /><br />Vejo, com alegria, que trabalhais no que aparece ao vosso alcance, cuidando dos rebentos; mas, ao mesmo tempo, com uma perspectiva mais ampla, protegendo o arvoredo. Trabalhais numa perspectiva que não só aborda a realidade setorial que cada um de vós representa e na qual felizmente está enraizada, mas procurais também resolver, na sua raiz, os problemas gerais de pobreza, desigualdade e exclusão.<br /><br />Felicito-vos por isso. É imprescindível que, a par da reivindicação dos seus legítimos direitos, os povos e as suas organizações sociais construam uma alternativa humana à globalização exclusiva. Vós sois semeadores de mudança. Que Deus vos dê coragem, alegria, perseverança e paixão para continuar a semear. Podeis ter a certeza de que, mais cedo ou mais tarde, vamos ver os frutos. Peço aos dirigentes: sede criativos e nunca percais o apego às coisas próximas, porque o pai da mentira sabe usurpar palavras nobres, promover modas intelectuais e adotar posições ideológicas, mas se construirdes sobre bases sólidas, sobre as necessidades reais e a experiência viva dos vossos irmãos, dos camponeses e indígenas, dos trabalhadores excluídos e famílias marginalizadas, de certeza não vos equivocareis.<br /><br />No coração, tenhamos sempre a Virgem Maria, uma jovem humilde duma pequena aldeia perdida na periferia dum grande império, uma mãe sem teto que soube transformar um curral de animais na casa de Jesus com uns pobres paninhos e uma montanha de ternura. Maria é sinal de esperança para os povos que sofrem dores de parto até que brote a justiça.<br /><br />POR UMA ECONOMIA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ – “Os seres humanos e a natureza não devem estar ao serviço do dinheiro. Digamos NÃO a uma economia de exclusão e desigualdade, onde o dinheiro reina em vez de servir. Esta economia mata. Esta economia exclui. Esta economia destrói a Mãe Terra.<br /><br />A economia não deveria ser um mecanismo de acumulação, mas a condigna administração da casa comum. Isto implica cuidar zelosamente da casa e distribuir adequadamente os bens entre todos. A sua finalidade não é unicamente garantir o alimento ou um ‘decoroso sustento’. Não é sequer, embora fosse já um grande passo, garantir o acesso aos ‘3 Ts’ pelos quais combateis. Uma economia verdadeiramente comunitária – poder-se-ia dizer, uma economia de inspiração cristã – deve garantir aos povos dignidade, ‘prosperidade e civilização em seus múltiplos aspectos’. Isto envolve os ‘3 Ts’, mas também o acesso à educação, à saúde, à inovação, às manifestações artísticas e culturais, à comunicação, ao desporto e à recreação. Uma economia justa deve criar as condições para que cada pessoa possa gozar de uma infância sem privações, desenvolver os seus talentos durante a juventude, trabalhar com plenos direitos durante os anos de atividade e ter acesso a uma digna aposentadoria na velhice. É uma economia onde o ser humano, em harmonia com a natureza, estrutura todo o sistema de produção e distribuição de tal modo que as capacidades e necessidades de cada um encontrem um apoio adequado no ser social. Vós, e outros povos também, resumis este anseio duma maneira simples e bela: ‘viver bem’.<br /><br />Esta economia é não apenas desejável e necessária, mas também possível. Não é uma utopia, nem uma fantasia. É uma perspectiva extremamente realista. Podemos consegui-la. Os recursos disponíveis no mundo, fruto do trabalho intergeneracional dos povos e dos dons da criação, são mais que suficientes para o desenvolvimento integral de ‘todos os homens e do homem todo’. Mas o problema é outro. Existe um sistema com outros objetivos. Um sistema que, apesar de acelerar irresponsavelmente os ritmos da produção, apesar de implementar métodos na indústria e na agricultura que sacrificam a Mãe Terra na ara da ‘produtividade’, continua a negar a milhares de milhões de irmãos os mais elementares direitos econômicos, sociais e culturais. Este sistema atenta contra o projeto de Jesus.<br /><br />A justa distribuição dos frutos da terra e do trabalho humano não é mera filantropia. É um dever moral. Para os cristãos, o encargo é ainda mais forte: é um mandamento. Trata-se de devolver aos pobres e às pessoas o que lhes pertence. O destino universal dos bens não é um adorno retórico da doutrina social da Igreja. É uma realidade anterior à propriedade privada.”<br /><br />PÁTRIA GRANDE – “Nos últimos anos, depois de tantos mal-entendidos, muitos países latino-americanos viram crescer a fraternidade entre os seus povos. Os governos da região juntaram seus esforços para fazer respeitar a sua soberania, a de cada país e a da região como um todo que, de forma muito bela como faziam os nossos antepassados, chamam a ‘Pátria Grande’. Peço-vos, irmãos e irmãs dos movimentos populares, que cuidem e façam crescer esta unidade. É necessário manter a unidade contra toda a tentativa de divisão, para que a região cresça em paz e justiça.<br /><br />Apesar destes avanços, ainda subsistem fatores que atentam contra este desenvolvimento humano equitativo e restringem a soberania dos países da ‘Pátria Grande’ e doutras latitudes do Planeta. O novo colonialismo assume variadas fisionomias. Às vezes, é o poder anônimo do ídolo dinheiro: corporações, credores, alguns tratados denominados ‘de livre comércio’ e a imposição de medidas de ‘austeridade’ que sempre apertam o cinto dos trabalhadores e dos pobres. Os bispos latino-americanos denunciam-no muito claramente, no documento de Aparecida, quando afirmam que ‘as instituições financeiras e as empresas transnacionais se fortalecem ao ponto de subordinar as economias locais, sobretudo debilitando os Estados, que aparecem cada vez mais impotentes para levar adiante projetos de desenvolvimento a serviço de suas populações’. Noutras ocasiões, sob o nobre disfarce da luta contra a corrupção, o narcotráfico ou o terrorismo – graves males dos nossos tempos que requerem uma ação internacional coordenada – vemos que se impõem aos Estados medidas que pouco têm a ver com a resolução de tais problemáticas e muitas vezes tornam as coisas piores.”<br /><br />MONOPÓLIO MIDIÁTICO – “Da mesma forma, a concentração monopolista dos meios de comunicação social que pretende impor padrões alienantes de consumo e certa uniformidade cultural é outra das formas que adota o novo colonialismo. É o colonialismo ideológico. Como dizem os bispos da África, muitas vezes pretende-se converter os países pobres em ‘peças de um mecanismo, partes de uma engrenagem gigante’.”<br /><br />NÃO AO COLONIALISMO – “Temos de reconhecer que nenhum dos graves problemas da humanidade pode ser resolvido sem a interação dos Estados e dos povos a nível internacional. Qualquer ato de envergadura realizado numa parte do Planeta repercute-se no todo em termos econômicos, ecológicos, sociais e culturais. Até o crime e a violência se globalizaram. Por isso, nenhum governo pode atuar à margem de uma responsabilidade comum. Se queremos realmente uma mudança positiva, temos de assumir humildemente a nossa interdependência. Mas interação não é sinônimo de imposição, não é subordinação de uns em função dos interesses dos outros. O colonialismo, novo e velho, que reduz os países pobres a meros fornecedores de matérias-primas e mão de obra barata, gera violência, miséria, emigrações forçadas e todos os males que vêm juntos… Precisamente porque, ao pôr a periferia em função do centro, nega-lhes o direito a um desenvolvimento integral. Isto é desigualdade, e a desigualdade gera violência que nenhum recurso policial, militar ou dos serviços secretos será capaz de deter.<br /><br />Digamos NÃO às velhas e novas formas de colonialismo. Digamos SIM ao encontro entre povos e culturas. Bem-aventurados os que trabalham pela paz.”<br /><br />PERDÃO AOS POVOS ORIGINÁRIOS – “Alguém poderá, com direito, dizer: ‘Quando o Papa fala de colonialismo, esquece-se de certas ações da Igreja’. Com pesar, digo: Cometeram-se muitos e graves pecados contra os povos nativos da América, em nome de Deus. Reconheceram-no os meus antecessores, afirmou-o o CELAM e quero reafirmá-lo eu também. Como são João Paulo II, peço que a Igreja ‘se ajoelhe diante de Deus e implore o perdão para os pecados passados e presentes dos seus filhos’. E eu quero dizer-vos, quero ser muito claro, como foi são João Paulo II: peço humildemente perdão, não só para as ofensas da própria Igreja, mas também para os crimes contra os povos nativos durante a chamada conquista da América. E junto, junto a este pedido de perdão e para ser justo, também quero que recordemos os milhares de sacerdotes, bispos, que se opuseram fortemente à lógica da espada, com a força da cruz. Houve pecado, houve pecado e abundante, e por isto pedimos perdão, e peço perdão, porém também ali, onde teve pecado, onde abundou o pecado, superabundou a graça através destes homens que defenderam a justiça dos povos originários.”<br /><br />DEFESA DA MÃE TERRA – “A casa comum de todos nós está a ser saqueada, devastada, vexada impunemente. A covardia em defendê-la é um pecado grave.Vemos, com crescente decepção, sucederem-se uma após outra cúpulas internacionais sem qualquer resultado importante. Existe um claro, definitivo e inadiável imperativo ético de atuar que não está a ser cumprido. Não se pode permitir que certos interesses – que são globais, mas não universais – se imponham, submetendo Estados e organismos internacionais, e continuem a destruir a Criação. Os povos e os seus movimentos são chamados a clamar, mobilizar-se, exigir, pacífica mas tenazmente, a adoção urgente de medidas apropriadas. Peço-vos, em nome de Deus, que defendais a Mãe Terra.”<br /><br />MOVIMENTOS SOCIAIS – “O futuro da humanidade não está unicamente nas mãos dos grandes dirigentes, das grandes potências e das elites. Está fundamentalmente nas mãos dos povos; na sua capacidade de se organizarem e também nas suas mãos que regem, com humildade e convicção, este processo de mudança. Estou convosco. Digamos juntos do fundo do coração: nenhuma família sem teto, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhum povo sem soberania, nenhuma pessoa sem dignidade, nenhuma criança sem infância, nenhum jovem sem possibilidades, nenhum idoso sem uma veneranda velhice. Continuai com a vossa luta e, por favor, cuidai bem da Mãe Terra.”<div>
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Veja aqui o texto na integra: <a href="http://pt.radiovaticana.va/news/2015/07/10/discurso_do_papa_aos_movimentos_populares_(texto_integral)/1157336">http://pt.radiovaticana.va</a></div>
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Fonte: <a href="http://socialistamorena.com.br/melhores-trechos-do-discurso-do-papa/">melhores-trechos-do-discurso-do-papa/</a></div>
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Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-19438400421694977392015-01-22T11:41:00.000-02:002015-01-22T11:41:44.928-02:00Belluzzo: “A regra da economia de hoje é ‘o povo que se lixe’”Entrevista<br /><br /><div>
Para o professor titular da Unicamp, a crença na “auto-organização” do mercado, sustentada por defensores de “dogmas”como o tripé macroeconômico, não encontra correspondência na realidade. <div>
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“Acho que os economistas em geral têm um déficit intelectual decorrente da ignorância histórica”<br /><br /><div>
leia a entrevista: <a href="http://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.brasildefato.com.br%2Fnode%2F31092&h=mAQGxFEbh&enc=AZNLPnE9OSLTnFZsJjTQBCJzlsWPXx_e5xIMOxjC4Xp6e9aZeABuMuoLTEosgPoy5wly98BMaePKQqj0jsEMPdjyLjPIRXCUsX_FKuobrWjSY_P2gVNSvkRkeLJWVq9DT0-Jjg7fzqdlL0csSVFWjE5l0a-o2NQ-izldjZdSDYPlxg&s=1">http://www.brasildefato.com.br/node/31092</a></div>
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Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6005753359179639602.post-24094545552430279262015-01-20T14:14:00.003-02:002015-01-20T14:14:54.923-02:00Tocantins tem 61 milionários e 623 mil que passam fomeTocantins<br />Considerado como o "Novo Eldorado", o Tocantins viu crescer de 10 para 61 o número de pessoas com renda acima de US$ 1 milhão; por outro lado, PNAD 2013 mostrou que 623 mil habitantes do Tocantins, 47% da população, sofrem com insegurança alimentar<br /><br />Levantamento da Receita Federal com base nas declarações de renda entregues no ano passado mostrou que no Tocantins, o número de habitantes com renda acima de US$ 1 milhão, cerca de R$ 2,61 milhões, subiu de 10 para 61 entre 2003 e 2013. <br /><br />O Tocantins é citado em reportagem do jornal Folha de S. Paulo como um dos 13 estados onde o total de milionários mais que dobrou em dez anos. Entre eles estão 8 dos 10 Estados das regiões Norte e Centro-Oeste, excluído DF. Os outro cinco são do Nordeste.<br /><br />"No atual mapa das fortunas, Tocantins é o novo Eldorado. O Estado, criado em 1988, tem 61 habitantes com renda acima de US$ 1 milhão --eram 10 em 2003", diz o jornal (<a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/204433-novos-ricos-prosperam-com-agronegocio.shtml">leia aqui</a>). Entre as causas do estado se tornar o "novo Eldorado" a inserção no "Mapitoba", junção das iniciais de Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, considerada a última fronteira agrícola do país.<br /><br />"No Tocantins, muitos adquiriram terra por nada na criação do Estado e se tornaram milionários do dia para a noite quando arrendaram suas áreas para grupos maiores", diz o economista Tadeu Zerbini. "O dinheiro começou a circular em outros locais."<br /><br />O aumento do número de milionários no Tocantins beneficia apenas 0,004% da população. Enquanto isso, 623 mil pessoas, ou 47% da população, sofrem com insegurança alimentar. <br /><br />Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013, divulgado na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo aponta que do total de pessoas que têm dificuldade em se alimentar adequadamente, 462 mil foram classificadas com insegurança leve e 161 mil pessoas estão em situação grave ou moderada. As informações foram publicadas pelo Jornal do Tocantins. <br /><br />No Estado, conforme o IBGE, do total da população tocantinense que está em situação de insegurança alimentar grave ou moderada, 11% têm idade de 0 a 4 anos, 11,6% de 5 a 17 anos, 12,9% têm idade de 50 a 54 anos e 12,4% têm 65 anos ou mais. Ou seja, no Tocantins, a privação de alimentos é mais comum entre crianças e idosos.<br /><br />Para o IBGE, são considerados domicílios em situação de insegurança alimentar aqueles onde, nos últimos três meses antes da pesquisa, a comida havia acabado antes que se tivesse dinheiro para comprar mais; algum morador fez apenas uma refeição no dia ou ficou o dia inteiro sem comer porque não havia dinheiro para comprar comida; moradores ficaram preocupados por não terem certeza de que os alimentos de que dispunham durassem até que fosse possível comprar ou receber mais comida; moradores ficaram sem dinheiro para ter uma alimentação saudável e variada; enfim, onde a alimentação é precária.<br /><a href="http://www.brasildefato.com.br/node/31054">http://www.brasildefato.com.br/node/31054</a>Administradorhttp://www.blogger.com/profile/11591061280251598388noreply@blogger.com0