POR BRIZOLA NETO
A Agência France Press distribuiu ontem um vídeo sobre uma situação tão comum quanto chocante.
Comum, porque existia – e ainda existe, em menor escala - também aqui e chocante porque colide com a ideia que temos hoje sobre direitos das crianças.
São os “restaveks”, uma corruptela em kreole, o dialeto haitiano, do francês “rest avec”, ou “ficar com”.
São mais de 200 mil, dadas pelos pais pobres a famílias em melhor situação, para que em troca de comida e – quem sabe – uma escola, prestem serviços domésticos, em regime de escravidão.
Com um pouquinho, um pouquinho dos recursos que são explodidos em bombas na Líbia e foram em mísseis no Afganistão e no Iraque, estes meninos e meninas poderiam ser crianças.
Mas os países ricos não vão exigir que a ONU lhes dê um mandato para cuidar dos restaveks.
Nenhum comentário:
Postar um comentário