1 de julho de 2011

Continua a Luta pela Estatização da Fábrica Ocupada Flaskô

Movimento das Fábricas Ocupadas 

Oito anos de muita luta para manter a Fábrica de pé, produzindo. Hoje não somente bombonas e tambores, mas também esporte, cultura, lazer, trabalho, formação, luta por moradia, luta por saúde e serviço público de qualidade, além da participação nas lutas organizadas do movimento operário, estudantil, sindical, cultural, de comunicação popular, do movimento de trabalhadores rurais e na luta internacional, com centenas de fábricas ocupadas por toda América Latina.

É preciso encontrar mecanismos que garantam o funcionamento da Flaskô e de todos os projetos dentro da fábrica. A reivindicação que está em pauta é a de que a Flaskô seja decretada pública, que seja estatizada. Mas que continue sob o controle democrático dos trabalhadores e da população. Uma fábrica gerida pelos trabalhadores e trabalhadoras pode ter muitas outras utilidades, principalmente quando existem espaços onde o povo usufrui, organizando diversas atividades, participando ativamente do dia a dia.

Na situação em que a fábrica se encontra hoje, com toda herança maldita deixada pelos patrões (para sustentar sua vida luxuosa) é praticamente impossível manter qualquer empresa. Milhões de reais em dívidas, sucateamento de todo parque fabril, sonegação dos direitos trabalhistas e impostos, milhares de processos tramitando na justiça, penhoras e mais penhoras, inclusive até do faturamento da fábrica. São oito anos que os trabalhadores tomaram o controle da Flaskô, já passou da hora do Poder Público reconhecer a responsabilidade dos ex-patrões em todos os problemas causados por eles mesmos e evitar o fechamento não só da Flaskô e sim todas as dezenas de fábrica que fecham suas portas quase que todos os dias aqui no Brasil, abrindo falência para livrar os donos das dívida, despedindo milhares de trabalhadores e mudando de área, pra montar outra empresa e começar outro ciclo de mais do mesmo. Seus luxos, excessos, desperdícios e ostentações custam o alto preço da exploração, da precariedade, da insegurança e traição a milhares de pessoas que desejam apenas viver em paz, do seu trabalho, sem desejos de luxos, privilégios ou excessos.

Por isso é legitimo que os operários ocupem as fábricas, resistam e produzam sob seu próprio controle.

“FÁBRICA QUEBRADA É FÁBRICA QUE DEVE SER TOMADA PELOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS;
E FÁBRICA TOMADA DEVE SER ESTATIZADA SOB CONTROLE DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS”.

Movimento das Fábricas Ocupadas do Brasil – Junho de 2011

Por: Fernando Martins (com pequena participação de Eduardo Marinho)

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