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Por Altamiro Borges
Por 155 votos contra 138, o parlamento da Grécia aprovou ontem o plano de austeridade do FMI que garante mais 17 bilhões de euro de empréstimos para este país falimentar. O clima em Atenas foi de tensão. Manifestantes cercaram o Congresso e houve violentos choques com a polícia. Milhares de trabalhadores aderiram ao segundo dia de greve geral contra o pacote econômico.
A aprovação do plano foi saudada por banqueiros e governantes europeus, e justificada pela mídia rentista. Mas ninguém confia no seu sucesso. Há consenso de que a luta de classes vai se intensificar, somando as “revoltas espontâneas” da juventude nas ruas e as fortes organizações políticas e sindicais do país – com destaque para o combativo Partido Comunista da Grécia.
Pacote de maldades neoliberais
O novo plano de ajuste neoliberal vai agravar a situação do povo grego. A primeira parcela do empréstimo, em março, já resultou em cortes de 12% nos salários dos 800 mil servidores públicos, além da violenta onda de demissões no setor privado. A segunda fase é ainda mais drástica. Entre outras medidas draconianas, o plano do Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê:
- Cortes nas despesas do Estado em 14,3 bilhões de euros e aumento da arrecadação de impostos em 14,1 bilhões até 2015;
- Elevação dos impostos dos profissionais que trabalham por conta própria, como advogados e taxistas;
- Redução da isenção dos impostos de 12 mil para 8 mil euros;
- O imposto sobre o valor agregado (IVA) para bares e restaurantes passa de 13% para 23%;
- Demissão de 150 mil servidores públicos (25% do total) e fim dos contratos temporários; novo corte de salários dos servidores;
- Redução dos programas sociais para economizar 4 bilhões até 2015;
- Cortes de 500 milhões de euros neste ano em subvenções e outros 855 milhões até 2015 com a fusão de escolas e hospitais;
- Redução das despesas com saúde pública em 2,1 bilhões de euros;
- Privatizações de várias estatais, como da gestão de águas, empresas de energia elétrica, aeroportos, portos e refinarias, visando arrecadar 45 bilhões de euros entre 2012 e 2015;
Por 155 votos contra 138, o parlamento da Grécia aprovou ontem o plano de austeridade do FMI que garante mais 17 bilhões de euro de empréstimos para este país falimentar. O clima em Atenas foi de tensão. Manifestantes cercaram o Congresso e houve violentos choques com a polícia. Milhares de trabalhadores aderiram ao segundo dia de greve geral contra o pacote econômico.
A aprovação do plano foi saudada por banqueiros e governantes europeus, e justificada pela mídia rentista. Mas ninguém confia no seu sucesso. Há consenso de que a luta de classes vai se intensificar, somando as “revoltas espontâneas” da juventude nas ruas e as fortes organizações políticas e sindicais do país – com destaque para o combativo Partido Comunista da Grécia.
Pacote de maldades neoliberais
O novo plano de ajuste neoliberal vai agravar a situação do povo grego. A primeira parcela do empréstimo, em março, já resultou em cortes de 12% nos salários dos 800 mil servidores públicos, além da violenta onda de demissões no setor privado. A segunda fase é ainda mais drástica. Entre outras medidas draconianas, o plano do Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê:
- Cortes nas despesas do Estado em 14,3 bilhões de euros e aumento da arrecadação de impostos em 14,1 bilhões até 2015;
- Elevação dos impostos dos profissionais que trabalham por conta própria, como advogados e taxistas;
- Redução da isenção dos impostos de 12 mil para 8 mil euros;
- O imposto sobre o valor agregado (IVA) para bares e restaurantes passa de 13% para 23%;
- Demissão de 150 mil servidores públicos (25% do total) e fim dos contratos temporários; novo corte de salários dos servidores;
- Redução dos programas sociais para economizar 4 bilhões até 2015;
- Cortes de 500 milhões de euros neste ano em subvenções e outros 855 milhões até 2015 com a fusão de escolas e hospitais;
- Redução das despesas com saúde pública em 2,1 bilhões de euros;
- Privatizações de várias estatais, como da gestão de águas, empresas de energia elétrica, aeroportos, portos e refinarias, visando arrecadar 45 bilhões de euros entre 2012 e 2015;
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